Primeiro depoimento de Marice Lima começou na tarde desta segunda (20).
Prazo da prisão temporária expedido contra ela vence nesta terça (21).
Presa desde sexta-feira (17) na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, Marice Correa de Lima começou a prestar o primeiro depoimento na tarde desta segunda-feira (20), por volta das 14h30. Ela é cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e foi secretária do diretório da legenda, segundo a PF.
Marice teve a prisão temporária expedida na quarta-feira (15) – quando foi deflagrada a 12ª fase da Operação Lava Jato. O pedido da prisão vence nesta terça-feira (21) e pode ser prorrogado pelo mesmo período, ou ainda ser transformado em prisão preventiva, sem prazo para expirar.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Marice e apreendeu vários documentos.
No depoimento desta segunda ela está acompanhada do advogado Cláudio Pimentel, que deve se pronunciar apenas após o término do interrogatório.
Vaccari Neto foi preso na casa dele em São Paulo e também está na carceragem da PF.Ele é suspeito de operar um esquema de propinas cobradas de empreiteiras que fechavam contratos com a Petrobras.
Segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), Marice teria comprado um apartamento por R$ 200 mil e o vendido para a empreiteira OAS por R$ 400 mil. O mesmo imóvel teria sido vendido pela empresa por um valor menor. A OAS é uma das investigadas na Lava Jato.
Entre os fatos que chamam a atenção, ainda segundo o MPF, estão as "inconsistências fiscais" de Marice. De acordo com despacho assinado pelo juiz Sérgio Moro, ela não tinha "capacidade financeira" para suportar o aumento de renda declarado.
O advogado Cláudio Pimentel, que também representa Marice, afirmou que a suspeita não terá problemas para explicar sua movimentação financeira, já que tudo está declarado no Imposto de Renda. "Não haverá dificuldade nenhuma para provar a inocência dela", disse.
A Operação Lava Jato foi deflagrada pela PF em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. São apurados desvios da Petrobras e de outros órgãos públicos.
A última fase da operação foi deflagrada em 10 de abril e prendeu sete pessoas. Entre elas três ex-deputados federais: André Vargas (sem partido), Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE).
Nenhum comentário:
Postar um comentário