Leonardo Rocha
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou hoje (04), que as denúncias feitas pelo senadorDelcídio do Amaral (sem partido), em sua delação premiada, que deram origem a pedidos de inquéritos contra ela, no STF (Supremo Tribunal Federal), "são absolutamente levianas e mentirosas". A petista deu esta declaração durante lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a presidente ressaltou que o senador de Mato Grosso do Sul "tem a prática de mentir", e que tem certeza que quando for aberto o inquérito, vai se demonstrar que ele "faltou com a verdade".
A petista também voltou a reclamar do vazamento de informações, neste caso o pedido de inquérito contra ela feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República), às vésperas da votação do impeachment no Senado, que segundo a presidente, tem interesse escusos. Inclusive disse que vai pedir uma investigação sobre esta divulgação.
"Lamento, mais uma vez, que algo muito grave tenha acontecido. O vazamento de algo pela imprensa, algo que, ao que tudo indica, estava sob sigilo e, estranhamente, vaza às vésperas do julgamento do Senado. Eu vou solicitar ao ministro da AGU (Advocacia-Geral da União) que solicite a abertura, no Supremo, para apurar esses vazamentos", disse ela.
Dilma voltou a dizer que sempre foi a favor das investigações, e que não seria diferente agora. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu abertura de inquérito contra a petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), José Eduardo Cardozo, em função de suspeitas que eles teriam tentado atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Estes fatos foram descritos por Delcídio em sua delação premiada, em que o senador diz que Dilma nomeou um ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), com a intenção de libertar empreiteiros presos. Sobre o ex-presidente Lula, relatou que ele esteve por trás das negociações para tentar impedir a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró.
O senador Delcídio do Amaral, por meio de sua assessoria, informou que não vai se pronunciar sobre o caso.
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