quarta-feira, 8 de abril de 2015

Impasse entre trabalhadores e prefeitura deixa 700 pacientes sem raio-x na Capital


A greve dos técnicos em radiologia deve durar até a manhã de quinta-feira, podendo se estender por mais tempo


Foto: Kamila Alcântara
O impasse entre a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e os técnicos em radiologia irá prejudicar cerca de 700 pacientes da oncologia de Campo Grande, pois apenas 30% dos profissionais estão atuando em regime de urgência e emergência nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) dos bairros Universitários e Coronel Antonino, no Cempe (Centro Municipal Pediátrico) e Cem (Centro de Especialidades Médicas), que realizam os exames radiológicos.

De acordo com o presidente do Sinterms (Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia), Adão Júlio da Silva, a paralisação será de 72 horas, podendo ser estendida se não houver acordo com a prefeitura (relembre). “A greve começou hoje, às seis horas da manhã, e segue até o mesmo horário de quinta-feira. Na quarta vamos decidir em assembleia se vamos seguir com a greve por mais tempo”, explica.

Além das reivindicações salariais da classe, o que mais preocupa é a falta de manutenção do equipamentos, que estão sucateados, podem estar prejudicando os pacientes e vários equipamentos novos e mais modernos estão parados e encaixotados.

Entre as reivindicações da categoria estão o cumprimento do Piso Nacional de R$ 1.810,00 (hoje paga-se cerca de R$ 1.200,00); o pagamento da insalubridade que, segundo Adão, mesmo previsto na Lei Complementar Municipal 199/2012 em até 40%, não vem sendo cumprido; e a negociação sobre a Gratificação SUS que está congelada desde 2004. No total o valor pleiteado é de R$ 2.534.


(Aparelho de radiologia encaixotados em um dos corredores do Cem / foto: Kamila Alcântara)

“Verbalmente a prefeitura afirmou que os equipamentos não são aferidos há quase cinco anos. A aferição é para averiguar se está havendo fuga de radiação e deve ser feita de dois em dois anos. Se tiver acontecendo isso, a radiação é gravemente prejudicial a saúde dos profissionais e até dos pacientes que estão aguardando do lado de fora da sala”, relata.

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