Autor: Diana Christie
Até deputados estaduais cobram volta dos plantões da saúde na Capital
A quebra do acordo entre a prefeitura e os profissionais da saúde para a manutenção dos plantões da saúde até abril desagradou os deputados estaduais. Eles afirmam que o prefeito Gilmar Olarte (PP) deveria priorizar a saúde e enxugar a administração em outras áreas. A volta dos plantões também foi cobrada.
Para o deputado Cabo Almi (PT), Olarte teve a chance de estabilizar a administração quando assumiu o mandato, há pouco mais de um ano, mas optou por contratar funcionários comissionados até o limite máximo da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e promover uma verdadeira dança das cadeiras no primeiro escalão.
“Acho que só vai piorar para a população campo-grandense , ele perdeu a grande oportunidade dele, ficou atolado em burocracia e nem vai conseguir lançar nenhuma obra. Se conseguir, não terá tempo de entregar. A imagem dele está arranhada e não tem luz no fim do túnel”, alfineta.
Segundo o líder do governo, Rinaldo Modesto (PSDB), o progressista precisa se espelhar no Executivo estadual que, nesta semana, lançou as caravanas da saúde para a interiorização do atendimento hospitalar. “A população merece ter atendimento de respeito. Não conheço o teor (do acordo), mas os governos tem que elencar prioridades e espero que o Olarte também faça isso”.
Do mesmo partido que indicou o secretário de saúde Jamal Salém, o deputado Paulo Correia (PR) afirma que a suspensão dos plantões era necessária, pois muitos funcionários estariam adulterando as folhas de ponto para receber sem trabalhar. “Tem que suspender de todo mundo, limpar a casa primeiro, para depois liberar o plantão de quem efetivamente trabalha”, argumenta.
Sobre as denúncias de funcionários que estava trabalhando, mas não receberam cartão de ponto para registrar o trabalho efetuado, o deputado afirmou que os próprios servidores poderiam comprar o documento para “ajudar” o município, que passa por uma situação econômica complicada.
O acordo realizado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) com a categoria garantia que os plantões seriam mantidos até abril, mas documento datado de terça-feira (17) altera toda a estruturação de trabalho de diversas classes, como técnicos e enfermeiros, indicando o revezamento de 12 por 36 horas, nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), CRS (Centro Regional de Saúde) e Samu (Serviço Móvel de Urgência).Leia mais aqui.
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