domingo, 22 de março de 2015

Em menos de 48h, dois postos de saúde são depredados na Capital

Autor: Diana Christie, Rodson Willyams e Anna Gomes

Os casos foram registrados em pontos diferentes: um no bairro Guanandy e outro no bairro Parque do Sol, em Campo Grande

Foto: Repórter Top
Foto: Repórter Top
Como se não bastasse a crise se instala na Saúde, a falta de segurança agora chega até os prédios das unidades básicas de atendimento em Campo Grande. Em menos de 48 horas, dois Postos de Saúde foram depredados na Capital. O primeiro caso foi registrado na última quinta-feira (19), no CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Guanandy, e o mais recente na madrugada deste sábado (21), no UBS Dr. Benjamim Asato, localizado no Bairro Parque do Sol.

Segundo informações dos funcionários da unidade de saúde do Parque do Sol, logo que chegaram ao local, hoje por volta das 6 horas da manhã, se depararam com uma cena de total vandalismo dentro do Posto. Documentos contendo informações dos pacientes e da administração foram rasgados, e até vacinas que estavam armazenadas em uma geladeira foram perdidas, após serem jogadas no chão.  

O médico responsável pela unidade foi até a polícia para registrar um Boletim de Ocorrência e a perícia está no local para colher digitais e tentar descobrir o responsável pelo caso. A pessoa entrou no local por uma janela e promoveu o vandalismo, segundo informações preliminares.

Perito colhe digitais na UBS do Parque do Sol nesta manhã. Foto: Devid Correia.  

Outro caso - Uma confusão atraiu a atenção dos pacientes que frequentavam o CRS (Centro Regional de Saúde) Guanandy na tarde de quinta-feira (19). Uma mulher não identificada se exaltou com os funcionários do local e começou a derrubar medicamentos e destruir objetos da farmácia do posto de saúde.

Segundo uma testemunha que preferiu não se identificar, a mulher solicitou ao médico que receitasse um medicamento para a hipertensão que pudesse ser adquirido em uma farmácia particular e recebeu a prescrição para Aradois, nome fantasia para Losartan.

No entanto, a receita foi encaminhada para a paciente sem a especificação da dosagem e ela precisou retornar ao posto de saúde. Chegando ao local, o médico que a atendera havia terminado o turno e ela precisaria realizar nova ficha para ser consultada com um médico plantonista.

Exaltada, a mulher se dirigiu à farmácia para retirar a medicação e acabou discutindo com o farmacêutico de plantão, pois ele se recusou a aceitar a receita que não atende as normas do SUS (Sistema Único de Saúde). Irritada com a situação, ela começou a derrubar os medicamentos e destruir os objetos que encontrava.

Um membro da guarda civil e outros funcionários tentaram controlar a situação, mas sem sucesso. Arrependida, a mulher começou a chorar e os servidores desistiram de registrar o boletim de ocorrência. Durante o surto, a mulher destruiu as últimas unidades de alguns medicamentos que já estão em falta na rede pública. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário