NOTÍCIAS LOCAIS
Autor: Diana Gaúna e Rodson Willyams
O MPE acusa a dupla de ex-gestores de ter distribuído autorizações ilegais de ocupação de imóveis públicos, entre eles o terreno onde foi construída a sede da igreja ADNA
O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB) e o ex-secretário de Planejamento, Finanças e Controle, Paulo Sérgio Nahas, rebateram o MPE (Ministério Público Estadual) e informaram que as cessões de uso de terreno concedidas por eles são legais. Em Ação Civil Pública a promotoria acusa a dupla de ex-gestores de ter distribuído autorizações ilegais de ocupação de imóveis públicos, entre eles o terreno onde foi construída a igreja ADNA (Assembleia de Deus Nova Aliança), atendendo a pedido de Gilmar Olarte (PP).
O promotor de Justiça, Henrique Franco Cândia, chegou a chamar de 'gracioso' o benefício na ação de improbidade. Ele aponta que Nelsinho e Nahas celebravam Termos de Autorização de Uso, geralmente precedidos de um requerimento do beneficiado, afirmando a necessidade da construção de elementos urbanos que teriam destinação pública e suposto interesse social. Todavia, na prática, a história era outra, uma vez que os empreendimentos beneficiavam diretamente os interessados.
Em agenda pública, o prefeito disse na sexta-feira (20) que a denúncia é para desgastar seu mandato “Não tem nada de ilegal. É um projeto social de anos que forma crianças em música e tudo isso que está sendo feito é só para desgastar minha imagem. A igreja não é minha e eu não sou mais o presidente da ADNA e que lá funciona um projeto social há anos e o ensino de Libras (Lingua Brasileira de Sinais).
Questionado sobre o requerimento que mencionava creches, capela, quadra de esporte e salas de aula, Olarte disse que lá é um projeto social sim e convidou a reportagem para visitar o local.
Procurado pela reportagem, Nelsinho enviou manifestação por meio de nota, informando que a cessão de uso foi feita dentro da Lei e que eram feitas para evitar invasões em terrenos públicos. “Todas as permissões concedidas foram realizadas de acordo com a estrita legalidade e todos os questionamentos referentes a este assunto já foram respondidos e encaminhados à Justiça. As permissões de ocupação eram concedidas justamente para evitar que áreas publicas fossem invadidas e pudessem se transformar, por exemplo, em favelas e submoradias.
Já Paulo Nahas foi sucinto, e se restringiu em dizer que não houve nenhuma ilegalidade, mas que não iria falar sobre o assunto e que tudo o que ele tem a dizer foi protocolado pela defesa no processo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário