segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Guarda Municipal afirma que suposta vítima de tortura agrediu vendedor ambulante


Os guardas teriam usado de força para deter o homem
O homem, de 31 anos, que registrou boletim de ocorrência contra dois guardas municipais de Campo Grande na noite de sábado (14) teria agredido um vendedor ambulante. A equipe da GCM (Guarda Civil Municipal) foi acionada para deter o suspeito e encaminhá-lo para a delegacia.
Conforme esclarecimento da assessoria da GCM, o homem de 31 anos consumiu várias bebidas alcoólicas de um vendedor ambulante e se recusou a pagar. O vendedor teria sido agredido pelo homem, que se recusava a pagar pelas bebidas consumidas, e acionou a equipe da guarda que atuava na Praça do Rádio Clube.
Ainda segundo a assessoria, os guardas encaminharam o homem até a base apenas para que ele prestasse depoimento. Ele teria resistido e, por isso, a equipe da GCM usou de força moderada para conseguir contê-lo. Também conforme a Guarda Municipal, o rapaz estaria visivelmente embriagado.
Com o apoio da Polícia Militar, ele foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

Outra versão

Segundo depoimento do homem de 31 anos, ele e um amigo estavam na festa que acontecia na praça, na Avenida Afonso Pena, quando os dois suspeitos se aproximaram e se identificaram como guardas municipais. A dupla de possíveis servidores levou o homem para dentro da base, alegando que ele havia jogado uma garrafa neles. No caminho ele caiu e foi arrastado pelos suspeitos, chegando a perder o celular.

No local, a vítima foi obrigada a sentar com as mãos para trás enquanto respondia várias perguntas. Em determinado momento, os supostos servidores usaram uma taser para dar choque no homem e o forçar a assumir a autoria da agressão contra eles.
Em seguida, o rapaz relatou que foi liberado, mas quando ia embora com o amigo e a namorada dele, foi novamente abordado pela dupla. Dessa vez, os autores afirmaram que os amigos estavam seguindo eles e começaram a agredi-lo com socos e chutes, em frente ao Hotel de Trânsito do Exercito Brasileiro. Para a polícia, ele contou que o rapaz que estava com ele também recebeu chutes.
Segundo o registro policial, os autores não estavam uniformizados e no segundo momento das agressões, um dos deles estava de camiseta de cor preta, com um desenho do Batman, e tinha uma tatuagem tipo tribal no braço. Já o outro estava sem camiseta, de calça jeans, e possuía uma tatuagem no peito.
O homem ainda relatou para a polícia que foi confundido com outra pessoa, por isso foi torturado. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa.

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