Na próxima semana, MPE ainda julga inquérito que apurou eventuais irregularidades nas propagandas de Gilmar Olarte
O MPE (Ministério Público Estadual) publicou nesta sexta-feira (12), em Diário Oficial, a conversão de procedimento preparatório em inquérito civil que vai investigar a ex-primeira-dama de Campo Grande, Andreia Olarte. Segundo o texto, o objetivo é “apurar suposto uso da máquina pública pela esposa do prefeito à época [Gilmar Antunes Olarte] para propaganda pessoal”.
A investigação será conduzida pelo promotor de Justiça Fernando Martins Zaupa, da 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social. Nos bastidores, Andreia é cotada como pré-candidata para ocupar uma vaga na Câmara Municipal nas eleições de outubro. Em seu Facebook, a ex-primeira-dama mantém uma rotina de republicar as lembranças de sua passagem pela administração pública.
Na próxima terça-feira (16), o Conselho Superior do MPE ainda deve julgar o resultado de inquérito civil que analisou “eventual irregularidade de matéria jornalística, que supostamente estaria fazendo promoção pessoal do prefeito Gilmar Olarte e propaganda do escritório de arquitetura Barizon”.
O chefe do Executivo afastado divulgou uma série de vídeos institucionais em que apresentava melhorias a serem realizadas na cidade de Campo Grande em fevereiro de 2015. Em um dos arquivos, ele apresenta negociação de parceria com o CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina para melhorar a malha asfáltica da cidade através de empréstimo de US$ 70 milhões.
A divulgação do vídeo, se deu justamente após os escândalos envolvendo a empresa Selco Engenharia Ltda, que foi flagrada tampando buracos inexistentes em uma rua no Parque dos Poderes. A hipótese de autopromoção é reforçada por causa da proximidade das eleições municipais.
Na época, o advogado Jully Heyder da Cunha Souza explicou que somente este arquivo não representaria irregularidade, mas a frequente vinculação da imagem do prefeito com as obras e ações da administração não pode ser regra na publicidade oficial do município. "Neste caso, haveria uma ofensa ao princípio constitucional da impessoalidade", afirma.
Antecessores
Em 2013, o ex-prefeito, Nelson Trad Filho (PMDB), também foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) por ação semelhante. O órgão considerou que o peemedebista fez autopromoção ao afixar placas em obras públicas com o nome dele.
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