quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Epidemia segue avançando, com 91 casos por dia em Campo Grande

Natalia Yahn

Larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya, se reproduzem em um tronco seco de árvore. (Foto: Marcos Ermínio)Larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya, se reproduzem em um tronco seco de árvore. (Foto: Marcos Ermínio)
Campo Grande registra 91 novos casos de dengue por dia. Em apenas nove dias foram 826 notificações da doença entre 2 e 10 de fevereiro. O boletim epidemiológico da Sesau (Secretaria Municipal deSaúde Pública), divulgado ontem (10), apontou aumento de 10,7% no número de notificações.
Na semana passada eram 6.876 notificações, mas no boletim divulgado nessa quarta-feira até mesmo os casos de janeiro registrados em janeiro tiveram aumento. Até o dia 2 de fevereiro eram 6.876 casos mas agora passaram para 7.592, além de 111 em fevereiro, com um total de 7.702 notificações este ano.
Os casos de zika vírus também aumentaram, agora são 729 notificações de zika vírus, 701 em janeiro e 28 em fevereiro. No balanço anterior eram 487 casos. A médica infectologista da Sesau, Márcia Dal Fabbro, confirma que duas mulheres que ganharam bebê em janeiro tiveram a doença confirmada este ano na Capital. “São dois casos confirmados, mas as duas mulheres já tiveram os bebês. O vírus nas crianças não foi confirmado. Mesmo assim todos são acompanhados”.
Já a febre chikungunya, que registrou 80 em janeiro, teve apenas uma notificação em fevereiro.
Enquanto as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya – tem cada vez mais casos registrados em Campo Grande, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) ainda não divulgou o boletim epidemiológico. Os dados deveriam ser publicados ontem (10), mas por conta do período de carnaval não foram concluídos e a previsão da SES é de divulgar o boletim somente amanhã (12), com dois dias de atraso.
Números – Em Mato Grosso do Sul o boletim epidemiológico, divulgado na quarta-feira (3) da semana passada, apontou 12.219 casos suspeitos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano.
O número representa 3.950 novos casos suspeitos em relação ao levantamento anterior, o total é 47,7% maior. Também já supera os dados de 2014, quando foram computados 9.256 casos ao longo do ano.
Já entre os dias 24 e 30 de janeiro, foram registradas 1.804 notificações, contra 2.133 das computadas entre os dias 17 e 23 deste mês, o que representa uma queda de 15,4% de casos suspeitos em uma semana.
O município de Dois Irmãos do Buriti lidera o ranking de cidades com maior índice de incidência do Aedes aegypti, com 172 notificações, seguido de Deodápolis, com 175. Em terceiro lugar vem Caracol, com 74 casos suspeitos.
Na Capital as confirmações de óbitos devido a dengue continuam sendo as mesmas do último boletim, com dois casos, uma criança de 8 anos, que morreu no dia 12 de janeiro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida ao dar entrada com dengue clássica e depois sofrer uma parada cardíaca e a adolescente Karolina Ribeiro Soares Rodrigues, 16, que morreu um dia depois no Hospital Regional Rosa Pedrossian. Em todo o Estado foram registrados 17 óbitos no ano passado por causa da doença.
Chikungunya – Quanto a febre chikungunya o mesmo boletim divulgado na semana passada revelou que as notificações de casos suspeitos continuavam em 16, sendo dez em Aquidauana, dois em Bodoquena, dois em Corumbá e Dourados e Miranda com um caso cada. Ao todo, 11 casos aguardam confirmação. Em 2015, foram 184 notificações, com oito confirmações. Ainda há 41 casos suspeitos de chikungunya referentes ao ano passado aguardando resultado.

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