Nicolás Leoz, por causa de sua idade avançada, não será encarcerado. Estados Unidos solicitam extradição dele, mas Paraguai já negou pedidos similares
O ex-presidente da CBF Nicolás Leoz pode entrar, ainda nesta segunda-feira, em prisão domiciliar, informa a imprensa paraguaia. O dirigente, um dos suspeitos do esquema de corrupção denunciado pelos Estados Unidos, está internado em um hospital de Assunção, no Paraguai, seu país. Os americanos pedem a extradição e a detenção dele – a exemplo do que acontece com os sete acusados do alto escalão da Fifa presos na Suíça, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Nicolas Leóz pode deixar ainda hoje o hospital e entrar em prisão domiciliar (Foto: Agência AP)
Leoz, 86 anos, ganha o direito de não ser encarcerado por causa de sua idade avançada. Ele está internado desde a semana passada no Sanatorio Migone, em Assunção. O juiz Humberto Otazú foi quem determinou a prisão domiciliar. Ele esteve com Leoz nesta segunda-feira.
- Disse a ele seus direitos constitucionais, falamos que ele poderia pedir uma extradição simplificada, que ele rejeitou. Ele disse que não sabe de que delitos é acusado – afirmou Otazú.
Leoz é acusado de conspiração em atividades de crime organizado. Seria um dos cabeças de um esquema de propina que envolveu milhões de dólares nos direitos de transmissão e exploração comercial da Copa América.
O dirigente presidiu a Conmebol de 1986 a 2013. Teve seis mandatos à frente da instituição.
Pedido negado no passado
Os Estados Unidos têm 60 dias para apresentar o pedido, fundamentado em provas, de extradição de Nicolás Leoz. Mas o Paraguai pode rejeitar, como já fez no passado. Juan Emilio Oviedo, especialista em assuntos internacionais do país, disse à rádio 780 que, desde 1998, os Estados Unidos fizeram cerca de dez pedidos semelhantes à nação sul-americana. E que uma das solicitações não foi aceita pelos paraguaios. O nome de quem se livrou da extradição, porém, não foi revelado por Oviedo.
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