segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ex-presidente da Conmebol ficará em prisão domiciliar no Paraguai

Nicolás Leoz, por causa de sua idade avançada, não será encarcerado. Estados Unidos solicitam extradição dele, mas Paraguai já negou pedidos similares

Por Assunção, Paraguai
O ex-presidente da CBF Nicolás Leoz pode entrar, ainda nesta segunda-feira, em prisão domiciliar, informa a imprensa paraguaia. O dirigente, um dos suspeitos do esquema de corrupção denunciado pelos Estados Unidos, está internado em um hospital de Assunção, no Paraguai, seu país. Os americanos pedem a extradição e a detenção dele – a exemplo do que acontece com os sete acusados do alto escalão da Fifa presos na Suíça, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Nicolas Leoz presidente da Conmebol (Foto: Agência AP)Nicolas Leóz pode deixar ainda hoje o hospital e entrar em prisão domiciliar (Foto: Agência AP)


Leoz, 86 anos, ganha o direito de não ser encarcerado por causa de sua idade avançada. Ele está internado desde a semana passada no Sanatorio Migone, em Assunção. O juiz Humberto Otazú foi quem determinou a prisão domiciliar. Ele esteve com Leoz nesta segunda-feira.

- Disse a ele seus direitos constitucionais, falamos que ele poderia pedir uma extradição simplificada, que ele rejeitou. Ele disse que não sabe de que delitos é acusado – afirmou Otazú.

Leoz é acusado de conspiração em atividades de crime organizado. Seria um dos cabeças de um esquema de propina que envolveu milhões de dólares nos direitos de transmissão e exploração comercial da Copa América.
O dirigente presidiu a Conmebol de 1986 a 2013. Teve seis mandatos à frente da instituição. 
Pedido negado no passado
Os Estados Unidos têm 60 dias para apresentar o pedido, fundamentado em provas, de extradição de Nicolás Leoz. Mas o Paraguai pode rejeitar, como já fez no passado. Juan Emilio Oviedo, especialista em assuntos internacionais do país, disse à rádio 780 que, desde 1998, os Estados Unidos fizeram cerca de dez pedidos semelhantes à nação sul-americana. E que uma das solicitações não foi aceita pelos paraguaios. O nome de quem se livrou da extradição, porém, não foi revelado por Oviedo.

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