Secretário diz que enfermeiros grevistas rejeitam conversar com comissão
Chefe da Semad diz que categoria só aceita falar com o prefeito
O secretário da Semad (Secretaria Municipal de Administração), Wilson do Prado, afirma que os enfermeiros, em greve há nove dias, não aceitam conversar com a Comissão de Negociação criada pelo prefeito Gilmar Olarte (PP). Prado destaca que um diálogo com entre as partes poderia colocar fim à paralisação.
“A Comissão foi criada por meio de um decreto do prefeito e tem autonomia para fazer as negociações”, garante. A categoria, que deflagrou greve no último dia 20, reivindica reajuste anual de 8,5%.
Na última quinta-feira (25), representantes de servidores de enfermagem da Prefeitura pediram uma audiência com o prefeito e declararam que amenizariam a greve caso fossem atendidos pelo chefe do Executivo municipal.
“A categoria não quer conversar com a Comissão. Eles querem falar diretamente com o prefeito, querem cortar caminho e essa situação o prefeito não pode aceitar porque desautoriza aquilo que ele mesmo determinou. A Comissão está aberta. É só eles marcarem para que possamos conversar”, declara o secretário.
Prado enfatiza que no momento não há condições de atender à reivindicação e afirma que o município precisa de tempo para reestruturar as finanças. “O município não tem proposta para nenhuma categoria por causa do nosso índice. Estamos pedindo que todos voltem ao trabalho e em setembro a gente volta a conversar porque já teremos finalizado o quadrimestre e atingido o limite prudencial. Após essa data vamos ver, considerando os ajustes que estamos fazendo, o quanto economizamos para poder voltar a negociar”, afirma.
Sem diálogo entre município e a categoria, a paralisação continua. No último dia 22, o desembargador Fernando Mauro Moreira Marinho, exigiu que 80% dos grevistas retornassem ao trabalho sob pena de pagar R$ 3 mil pelo descumprimento, no entanto, o representante da comissão negociadora dos trabalhadores de enfermagem, Hederson Fritz, explicou que a categoria recorreu à decisão e a greve permanece inalterada.
Paralisação –
A greve nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), no CEM (Centro de Especialidades Médicas) e no Cenort (Centro Ortopédico Municipal) é de 100%. Já nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial), Hospital da Mulher e no Hospital Dia, a adesão é de 50%.
Os profissionais que atendem nos setores de urgência e emergência das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) não aderiram ao movimento e nas demais alas a adesão foi de 70%. Nos CRSs (Centros Regionais de Saúde), o quadro de funcionário é menor, portanto, apenas 30%.
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