Encontro pode acabar com paralisação que já dura 30 dias
Os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) não conseguiram um acordo com o município na tarde de ontem (25), e durante uma assembleia na manhã desta sexta-feira (26), na sede da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais em Educação), a categoria diz que mantém a greve e já adiantam que na próxima terça-feira (30), eles terão uma reunião com o prefeito Gilmar Olarte (PP). Se tudo correr bem, a greve pode acabar já na próxima semana.
A greve dos professores que já completou um mês ontem (25), mesmo sem ter a força do começo da paralisação, ainda continua na busca do piso nacional de 13,01%. Ainda conforme o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves, uma nova proposta foi feita pela categoria na tarde do último dia (23), em uma reunião com o secretário de Governo, Paulo Mattos, que ficou de se reunir com o prefeito. Sem conseguir um acordo, o secretário marcou a reunião com Olarte e os professores na próxima terça.
Durante este um mês de greve, a categoria já fez diversas manifestações pela Capital, ocupando aproximadamente dez vezes o plenário da Câmara Municipal, fizeram protestos em frente a prefeitura, passeatas pelas principais ruas de Campo Grande, mas até agora nenhum acordo com o município foi feito.
Com a intenção de barrar a greve, o município já chegou a entrar com recurso no TJ/MS ( Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), e ordenou que 66% dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino), voltassem ao trabalho desde o último dia 8 deste mês. O desembargador Carlos Eduardo Contar, determinou multa de R$ 50 mil por dia, caso a classe não cumprisse a ordem.
A multa, em caso de desobediência judicial, tem o valor de R$ 50 mil por dia, que não está sendo cobrada. Isso porque o advogado da ACP, Ronaldo de Souza Franco, entrou com o recurso, em uma ação de embargo.
Segundo Geraldo cerca de 70% dos Ceinfs estão funcionando e 36% das escolas municpais estão com aulas. Ao todo, são 4.407 professores, segundo dados de 2014 do Educasenso, onde aproximadamente 1,5 mil estão no trabalho.
A categoria se mantém firme e com o lema de ''reivindicar os direitos também é educar'' eles prometem continuar com a paralisação até conseguirem o acordo do piso nacional de 13,01% com Olarte.
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