Entidade que comanda o futebol garante que valor foi administrado pelo antigo diretor financeiro da organização. Documento da Federação Sul-Africana contradiz ofício
Carta da Associação Sul-Africana contraria argumentos da Fifa
(Foto: Reprodução)
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Uma nova denúncia atingiu a Fifa na segunda-feira. Segundo o jornal americano "New York Times", autoridades federais dos EUA acreditam que o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, foi o responsável por transferir US$ 10 milhões de propina para contas bancárias controladas por Jack Warner, ex-presidente da Concacaf.
Em comunicado na manhã desta terça-feira, a Fifa afirmou que o ex-diretor financeiro da organização - o falecido Julio Grondona, aliado de longa data de Blatter - foi quem autorizou o pagamento do valor. A quantia seria importante justamente para garantir a África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.
Uma carta, no entanto, enviada pela Associação Sul-Africana de futebol a Valcke parece ter acabado com os argumentos da Fifa. O documento foi reproduzido pelo jornal inglês "Daily Mail" e coloca justamente a confirmação do pagamento do valor de US$ 10 milhões e o aviso ao secretário geral da entidade que comanda o futebol. Posteriormente, ainda nesta terça-feira, a Fifa disse à agência Reuters que não há nada de novo na carta.
Como ocorreu:
Em maio de 2004, às vésperas da eleição, Warner e o “coconspirador 1”, que seria o ex-secretário-geral da Concacaf, Chuck Blazer, viajaram ao Marrocos, que desejava receber o Mundial de 2010. Lá, um representante da candidatura marroquina teria oferecido US$ 1 milhão a Warner.
Em comunicado na manhã desta terça-feira, a Fifa afirmou que o ex-diretor financeiro da organização - o falecido Julio Grondona, aliado de longa data de Blatter - foi quem autorizou o pagamento do valor. A quantia seria importante justamente para garantir a África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.
Uma carta, no entanto, enviada pela Associação Sul-Africana de futebol a Valcke parece ter acabado com os argumentos da Fifa. O documento foi reproduzido pelo jornal inglês "Daily Mail" e coloca justamente a confirmação do pagamento do valor de US$ 10 milhões e o aviso ao secretário geral da entidade que comanda o futebol. Posteriormente, ainda nesta terça-feira, a Fifa disse à agência Reuters que não há nada de novo na carta.
Como ocorreu:
Em maio de 2004, às vésperas da eleição, Warner e o “coconspirador 1”, que seria o ex-secretário-geral da Concacaf, Chuck Blazer, viajaram ao Marrocos, que desejava receber o Mundial de 2010. Lá, um representante da candidatura marroquina teria oferecido US$ 1 milhão a Warner.
O que diz a carta:Foi então, de acordo com o documento, que Blazer tomou ciência de que Warner tinha uma oferta, de US$ 10 milhões do governo da África do Sul, do comitê sul-africano e do alto escalão da própria Fifa, para que a CFU (União Caribenha de Futebol) votasse no país como sede da Copa. O dinheiro seria dividido entre Warner, Blazer e o “coconspirador 17”. Os dois últimos receberiam US$ 1 milhão cada.
Prezado Mr Valcke
US$ 10 milhões prometidos pelo governo da África do Sul para o programa "Diaspora Legacy"
Em vista da decisão do Governo da África do Sul de que uma quantia de US$ 10 milhões foi paga para o Comitê Organizador da Copa Fifa 2010 da África do Sul, a Associação de futebol da África do Sul requisita que a Fifa retire a quantia de US$ 10 milhões do fundo de orçamento operacional do comitê organizador e depois disso repasse o valor retido para o programa "Diaspora Legacy".
Em adição, SAFA solicita que o programa "Diaspora Legacy" seja administrado e implementado diretamente pelo presidente da Concacaf que deve atuar como depositário do Fundo.
SAFA portando confirma que:
1) Fifa deverá reter US$ 10 milhões do futuro fundo operacional do comitê organizador em ordem para financiar o programa "Diaspora Legacy" assim reduzindo o orçamento global do comitê organizador de US$ 423 milhões para US$ 413 milhões.
2) O programa Diaspora Legacy deve ser administrado e implementado pelo presidente da Concacaf que deve agir como depositário do fundo de US$ 10 milhões do programa Diaspora Legacy.
Com seus melhores cumprimentos,
DR M Olimphant
Presidente
Confira o comunicado divulgado pela Fifa nesta terça:
US$ 10 milhões prometidos pelo governo da África do Sul para o programa "Diaspora Legacy"
Em vista da decisão do Governo da África do Sul de que uma quantia de US$ 10 milhões foi paga para o Comitê Organizador da Copa Fifa 2010 da África do Sul, a Associação de futebol da África do Sul requisita que a Fifa retire a quantia de US$ 10 milhões do fundo de orçamento operacional do comitê organizador e depois disso repasse o valor retido para o programa "Diaspora Legacy".
Em adição, SAFA solicita que o programa "Diaspora Legacy" seja administrado e implementado diretamente pelo presidente da Concacaf que deve atuar como depositário do Fundo.
SAFA portando confirma que:
1) Fifa deverá reter US$ 10 milhões do futuro fundo operacional do comitê organizador em ordem para financiar o programa "Diaspora Legacy" assim reduzindo o orçamento global do comitê organizador de US$ 423 milhões para US$ 413 milhões.
2) O programa Diaspora Legacy deve ser administrado e implementado pelo presidente da Concacaf que deve agir como depositário do fundo de US$ 10 milhões do programa Diaspora Legacy.
Com seus melhores cumprimentos,
DR M Olimphant
Presidente
Confira o comunicado divulgado pela Fifa nesta terça:
Fifa diz que Valcke não recebeu valor (Foto: Agência AP)
Na sequência de afirmações feitas pelas autoridades dos EUA em relação a um pagamento de US$ 10 milhões feito pela FIFA em nome dos comentários do Sul Africano Associação de Futebol da FIFA como segue:
Em 2007, como parte do 2010 FIFA World Cup ™, o Governo Sul-Africano aprovou um projeto de US $ 10 milhões para apoiar a diáspora Africano em países do Caribe como parte do legado da Copa do Mundo.
A pedido do Governo Sul-Africano, e de acordo com Associação de Futebol Sul-Africano (SAFA), a FIFA foi solicitada a processar o financiamento do projeto pela retenção de US$10m a partir do Comitê Organizador Local (COL) orçamento operacional e usar isso para financiar o Programa Legado Diáspora.
SAFA instruiu a FIFA que o Programa de Legado Diáspora devem ser geridas e executadas diretamente pelo presidente da CONCACAF, que na época era vice-presidente da Comissão de Finanças e quem deve atuar como fiduciário do Fundo Programa Legado diáspora de US$ 10 milhões.
Os pagamentos no total de US$ 10 milhões foram autorizados pelo então presidente da Comissão de Finanças e executadas em conformidade com os regulamentos da Organização da FIFA. FIFA não incorreu em quaisquer custos como resultado do pedido da África do Sul, porque os fundos pertenciam à LOC. Tanto o LOC e SAFA aderiram às formalidades necessárias para a alteração orçamental.
Nem o Secretário Geral Jérôme Valcke, nem qualquer outro membro da gerência sênior da Fifa foram envolvidos na iniciação, aprovação e implementação do projeto acima.
Em 2007, como parte do 2010 FIFA World Cup ™, o Governo Sul-Africano aprovou um projeto de US $ 10 milhões para apoiar a diáspora Africano em países do Caribe como parte do legado da Copa do Mundo.
A pedido do Governo Sul-Africano, e de acordo com Associação de Futebol Sul-Africano (SAFA), a FIFA foi solicitada a processar o financiamento do projeto pela retenção de US$10m a partir do Comitê Organizador Local (COL) orçamento operacional e usar isso para financiar o Programa Legado Diáspora.
SAFA instruiu a FIFA que o Programa de Legado Diáspora devem ser geridas e executadas diretamente pelo presidente da CONCACAF, que na época era vice-presidente da Comissão de Finanças e quem deve atuar como fiduciário do Fundo Programa Legado diáspora de US$ 10 milhões.
Os pagamentos no total de US$ 10 milhões foram autorizados pelo então presidente da Comissão de Finanças e executadas em conformidade com os regulamentos da Organização da FIFA. FIFA não incorreu em quaisquer custos como resultado do pedido da África do Sul, porque os fundos pertenciam à LOC. Tanto o LOC e SAFA aderiram às formalidades necessárias para a alteração orçamental.
Nem o Secretário Geral Jérôme Valcke, nem qualquer outro membro da gerência sênior da Fifa foram envolvidos na iniciação, aprovação e implementação do projeto acima.
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