Certa feita, em meados de junho deste ano, discutindo política com um colega jornalista, questionei-o sobre como seria o comportamento dos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, na eventualidade da recondução do prefeito Alcides Bernal, eleito em 2012, cassado em março de 2014.
Ele entendia que seria bem mais tranquila do que naquela fase antes da criminosa cassação, porque com os comprovados envolvimentos desses vereadores em inúmeras falcatruas e no golpe propriamente dito, estariam desmoralizados para iniciar novos ataques ao prefeito e consequentemente à Campo Grande.
Concordei plenamente com o raciocínio.
Hoje vejo que estávamos errados.
Não se desmoraliza quem não tem o mínimo de moral.
Os vereadores de Campo Grande são imorais, amorais e venais.
E, no presente momento, cientes da mediocridade de seus respectivos mandatos, tentam 'rapar o tacho', tirar o que for possível, doa a quem doer, custe o que custar.
A esperança dos 'pilantras', travestidos de homens públicos e representantes da população, é de um novo golpe, uma nova 'farra', como aconteceu durante um ano e cinco meses da (indi) gestão do pastor.
Nesta terça feira (1º), o prefeito Alcides Bernal (PP) visitou a Câmara, e apresentou dois projetos: reforma do ISS (Imposto sobre serviços de qualquer natureza) e do PPI (Programa de Pagamento Incentivado).
Os vereadores simplesmente suspenderam a sessão e travaram os projetos em protesto contra Alcides Bernal.
Os vereadores simplesmente suspenderam a sessão e travaram os projetos em protesto contra Alcides Bernal.
A alegação é de que o prefeito não responde aos requerimentos dos vereadores.
Uma mentira deslavada!
Em 2013, a Câmara enviou, nada mais, nada menos, que 246 requerimentos, sendo que destes, 227 foram respondidos.
Já em 2014, na fase do pastor, de abril a dezembro, foram apenas 31, só cinco foram respondidos. Ninguém reclamou. Preferiram tomar 'cafezinho'.
Em 2015, de janeiro a agosto, foram apenas 24, só dois foram respondidos. Novamente, ninguém reclamou, o 'cafezinho' continuava a ser fartamente distribuído.
E ainda em 2015, depois do retorno de Bernal, foram 43, sendo que 27 já foram respondidos, e mais oito remanescentes do prefeito anterior.
Sem dúvida, uma Câmara irresponsável e medíocre.
Que a população dê a resposta nas urnas.
Lívia Martins
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