Queda de braço prejudica população que sofre em época de epidemias
Na queda de braço entre Prefeitura de Campo Grande e a CG Solurb, empresa responsável pela limpeza e tratamento de lixo de Campo Grande, quem perde é a população. O município admitiu que 'reduziu a frequência' nos serviços de limpeza na cidade, em plena época de epidemias, porém, o prefeito Alcides Bernal, do PP, culpa a empresa pelo problema.
O chefe do Executivo garante que já repassou à Concessionária CG Solurb R$ 70 milhões em recursos só em 2015. Ele questiona o motivo da empresa não conseguir fazer os pagamentos aos funcionários.
Bernal afirmou ao TopMídiaNews que todos os pagamentos referente aos funcionários estão sendo feito por meio de depósitos judiciais à Justiça do Trabalho e que o último chegou a R$ 3,3 milhões.
Apesar dos pagamentos, o prefeito questionou o motivo da empresa não estar realizando os serviços que deveria fazer, como o de capinagem. Mais ainda assim, Bernal disse que fez uma auditoria sobre o serviço prestado pela empresa e descobriu diversas irregularidades.
"Eles colocaram que fizaram capinagem no local em que não realizaram. Falaram que fizeram o mesmo serviço no espelho d'água. Tudo isso nos constatamos nos locais e um levantamento sobre isso os serviços prestados está sendo feito pela prefeitura", ressaltou o prefeito.
Bernal ainda lembrou que a empresa é alvo de investigação pela Polícia Federal e que a mesma já havia declarado que o capital social da Solurb era 'fraudulento'. "Pelo que ficamos sabendo, essa empresa tem problemas e não tem capital social, isso pode gerar o revés ao atender os interesses do município".
A Solurb teria o prazo de 10 dias para fornecer documentos à Procuradoria-Geral do Município, documentos sobre a concorrência n.66/2012 sobre o capital mínimo para participar da licitação a qual foi a vencedora no ano de 2012, final da gestão do ex-prefeito Nelson Trad Filho, do PTB. "Até o momento, não recebemos nada encaminhado pela empresa", disse.
Ainda durante entrevista do TopMídiaNews, Bernal disse que os recurso do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) estão bloqueados e parte do recurso está indo para a concessionária.
"Destes recursos, 20% estão indo para a Solurb. E nós precisamos ainda pagar os servidores e fornecedores. Mas as auditorias estão sendo feita e vamos tomar todas as providência necessárias", finalizou.
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