quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Após denúncia, secretário diz que baixa de estoque de medicamentos será resolvida até fim deste mês

Ana Rita Chagas


Foto: Wanderson LaraFoto: Wanderson Lara
A partir de denúncias enviadas ao MS Noticias sobre falta de alguns medicamentos, bem como baixa de estoque nas farmácias das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Capital, a Secretaria de Saúde de Campo Grande afirmou que o problema já está sendo resolvido.
De acordo com secretário de Saúde Ivandro Fonseca, remédios que estão em falta nos estoques saíram de circulação por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), outros estão em processo de licitação. Conforme secretário há uma lista de remédios a serem entregues até o fim deste mês no município. “Foram liberados R$ 3,2 milhões em medicamentos, que estarão chegando ao longo do mês de Dezembro, sanando desta forma qualquer falta pontual e temporária de medicamentos”, afirma.
Segundo Fonseca, a Coordenadoria da Assistência Farmacêutica (CAF) tem tentado amenizar os desfalques nas medicações por meio de remanejamento de remédios entre as unidades, priorizando os postos 24 horas e as unidades básicas com maior demanda. “O remanejamento entre as unidades é natural, e feito diariamente, é um questão de logística” explica  secretário.
Licitações
O Coordenador da Assistência Farmacêutica do Município, Américo Basílio Nogueira, informou que o remédio Albendazol (comprimidos -  vermífugo), que está com estoque para sete dias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Programa de Saúde da Família ( PSF), a empresa ganhadora da licitação não cumpriu contrato, e foi notificada e multada. “ Por conta disso este medicamento está em nova fase licitatória. Entretanto o município tem o medicamento para o programa, juntamente com o Ministério da Saúde, de controle de geo-helmintíase nas escolas”, esclarece.
O remédio Hioscina 10mg, para cólica, que está com estoque zerado também está em fase de licitação, conforme Nogueira. Segundo o coordenador,  a empresa pediu cancelamento do item antes de efetivar pagamento. As fitas de glicemia, de acordo com Basílio já estão em fase final de licitação. “Contudo já distribuímos para a grande maioria dos pacientes para o mês de dezembro e estamos com estoque normal para atendimento nas emergências. A situação deve se normalizar ainda este mês”, afirma.
Anvisa
Com relação aos medicamentos  Fluconazol 150 mg – antifúngico e o antibiótico Metronidazol 250 mg que estão com estoque zerado, o coordenador explica que  ambos tiveram utilização suspensa pela Anvisa, e estão no período de quarentena aguardando ser  liberados ou recolhidos pelo órgão. Já outro antibiótico Claritromicina que também está em falta nas unidades, Basílio Nogueira informou que o remédio foi “despadronizado pela Comissão Farmacoterapêutica”.
No caso do anticonvulsivante,  Fenitoína  100mg , a Anvisa suspendeu a importação do sal (princípio ativo deste medicamento) causando a falta do remédio em nível nacional. Outros 31 itens  que estão em falta, conforme denuncia de funcionários das Unidades Básicas de Saúde da Capital,  dentre  os quais, medicamentos usados com frequência  como Paracetamol, Enalapril (hipertensão), Amoxilina (antibiótico), e até remédios para asma como Aminofilina, serão repostos, conforme o coordenador , até o fim do mês. 

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