Jamal critica Gaeco por ter se preocupado mais em condenar do que investigar (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
O ex-secretário municipal de Saúde e vereador Jamal Salem (PR) informou que tem outras três fontes de renda para justificar a movimentação “extra” de R$ 6,9 milhões, que não foram incluídos na declaração do Imposto de Renda. Conforme o relatório da Operação Coffee Break, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o parlamentar declarou R$ 1,063 milhão em 2013 e 2014, mas movimentou R$ 7,9 milhões.
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O relatório aponta indícios de que houve compra de votos para cassar o mandato de Alcides Bernal(PP) em 12 de março de 2014. Além de gravações telefônicas e depoimentos, o MPE (Ministério Público Estadual) quebrou o sigilo bancário de 14 vereadores, que comprovou movimentação financeira acima do declarado.
A maior diferença foi constatada nas contas de Jamal. Em 2013, segundo o Gaeco, ele declarou R$ 393,2 mil, mas movimentou R$ 4,699 milhões. No ano seguinte, foram informados 670,3 mil, mas passaram R$ 3,235 milhões pelas contas do vereador.
De acordo com Jamal, a diferença foi declarada como pessoa jurídica, que não teve os dados analisados pelo Gaeco. “Tenho quatro fontes de renda”, explicou. Ele citou que, além de vereador, tem rendimentos como médico, de uma clínica de medicina de trabalho e ultrassom e como pecuarista.
“A renda é uma coisa, movimento é outro”, ressaltou. Ele destacou que a movimentação ainda inclui financiamentos rurais. “Houve vários empréstimos”, comentou.
Jamal destacou que confia no trabalho do MPE, mas não poupou, ao mesmo tempo, críticas ao trabalho do Gaeco. “A intenção não é investigar para encontrar a verdade, mas é direcionar para condenar pela compra de votos (para cassar Bernal)”, lamentou.
Ele avalia que o relatório final do Gaeco se baseou apenas nos depoimentos de Bernal, da vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e do secretário municipal de Governo, Paulo Pedra. “Não houve investigação”, frisou.
“Deve analisar todos os envolvidos, se houve, teve esquema do Bernal, que ele não é bobo”, comentou.
Jamal também fez defesa enfática do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e do ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB). Ele até disse que põe as mãos no fogo pelos dois, que não tiveram qualquer participação no suposto esquema para cassar Bernal. Conforme o Gaeco, eles integrariam a organização criminosa, ao lado de João Amorim (Proteco) e José Roberto Baird (Itel Informática), para afastar o prefeito da Capital.
Ainda na defesa do Gaeco, Jamal afirmou que está tranqüilo sobre a acusação de que recebeu dinheiro para votar pela cassação. “Foi tudo legal, não tem nada fora (da lei)”, justificou-se.
Jamal critica Gaeco por ter se preocupado mais em condenar do que investigar (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
O ex-secretário municipal de Saúde e vereador Jamal Salem (PR) informou que tem outras três fontes de renda para justificar a movimentação “extra” de R$ 6,9 milhões, que não foram incluídos na declaração do Imposto de Renda. Conforme o relatório da Operação Coffee Break, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o parlamentar declarou R$ 1,063 milhão em 2013 e 2014, mas movimentou R$ 7,9 milhões.
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O relatório aponta indícios de que houve compra de votos para cassar o mandato de Alcides Bernal(PP) em 12 de março de 2014. Além de gravações telefônicas e depoimentos, o MPE (Ministério Público Estadual) quebrou o sigilo bancário de 14 vereadores, que comprovou movimentação financeira acima do declarado.
A maior diferença foi constatada nas contas de Jamal. Em 2013, segundo o Gaeco, ele declarou R$ 393,2 mil, mas movimentou R$ 4,699 milhões. No ano seguinte, foram informados 670,3 mil, mas passaram R$ 3,235 milhões pelas contas do vereador.
De acordo com Jamal, a diferença foi declarada como pessoa jurídica, que não teve os dados analisados pelo Gaeco. “Tenho quatro fontes de renda”, explicou. Ele citou que, além de vereador, tem rendimentos como médico, de uma clínica de medicina de trabalho e ultrassom e como pecuarista.
“A renda é uma coisa, movimento é outro”, ressaltou. Ele destacou que a movimentação ainda inclui financiamentos rurais. “Houve vários empréstimos”, comentou.
Jamal destacou que confia no trabalho do MPE, mas não poupou, ao mesmo tempo, críticas ao trabalho do Gaeco. “A intenção não é investigar para encontrar a verdade, mas é direcionar para condenar pela compra de votos (para cassar Bernal)”, lamentou.
Ele avalia que o relatório final do Gaeco se baseou apenas nos depoimentos de Bernal, da vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e do secretário municipal de Governo, Paulo Pedra. “Não houve investigação”, frisou.
“Deve analisar todos os envolvidos, se houve, teve esquema do Bernal, que ele não é bobo”, comentou.
Jamal também fez defesa enfática do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e do ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB). Ele até disse que põe as mãos no fogo pelos dois, que não tiveram qualquer participação no suposto esquema para cassar Bernal. Conforme o Gaeco, eles integrariam a organização criminosa, ao lado de João Amorim (Proteco) e José Roberto Baird (Itel Informática), para afastar o prefeito da Capital.
Jamal também fez defesa enfática do ex-governador André Puccinelli (PMDB) e do ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB). Ele até disse que põe as mãos no fogo pelos dois, que não tiveram qualquer participação no suposto esquema para cassar Bernal. Conforme o Gaeco, eles integrariam a organização criminosa, ao lado de João Amorim (Proteco) e José Roberto Baird (Itel Informática), para afastar o prefeito da Capital.
Ainda na defesa do Gaeco, Jamal afirmou que está tranqüilo sobre a acusação de que recebeu dinheiro para votar pela cassação. “Foi tudo legal, não tem nada fora (da lei)”, justificou-se.
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