O ex-vereador continua como secretário de Governo de Alcides Bernal, o que pode ser considerado crime
Paulo Pedra, do PDT, é um dos nomes que mais apareceram na mídia em 2015, com sua trajetória política de altos e baixos neste ano. Maior oposicionista do ex-prefeito Gilmar Olarte (PP por liminar), ganhou verdadeiro ‘prêmio’ com a volta de Alcides Bernal, também do PP, mas logo veio a reviravolta: cassação do mandato de vereador e ser considerado ‘ficha suja’ pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Como vereador aliado de Bernal, Pedra 'travou' uma batalha contra Olarte e pela volta do prefeito. Em agosto, foi recompensado: Bernal retomou o cargo e ainda nomeou, o então parlamentar, como secretário Municipal de Governo.
Ao tomar posse como secretário de Governo, em agosto, Paulo vem opinando nas decisões de Alcides, mas não é sempre que consegue convencer o 'patrão' a tomar decisões políticas. Um exemplo de uma tentativa naufragada foi quando afirmou à imprensa que o vereador Alex do PT seria um bom nome para ser líder do prefeito na Câmara Municipal, o que não ocorreu.
Pedra fez questão de destacar as qualidades de Alex, mas o petista acabou se tornando mais um inimigo do prefeito, que já garantiu que não vai nomear nenhum líder.
Pedra faz questão de sempre justificar as atitudes do prefeito e mesmo diante de tantos problemas, afirma que o Executivo vem se dedicando para solucionar os problemas enfrentados na Capital que vive um colapso financeiro. Porém, se na gestão de Olarte a prefeitura tinha dinheiro em caixa – nas palavras do próprio Pedra – hoje não consegue pagar sequer o reajuste dos professores, cobrança e promessa do então vereador.
Pancada
Mas o que o secretário não esperava, é que sua trajetória política mudasse tão rapidamente. Em novembro, o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral cassou seu mandato por compra de votos em troca de combustível e abuso do poder econômico.
Diante disso, Alcides Bernal passou a dar apoio ao secretário, mas ressaltava que Pedra sabia os riscos que corria, podendo ser afastado da prefeitura. Mas Bernal foi além e, mesmo após o TSE negar o Recurso Especial Eleitoral, manteve Pedra no cargo.
Bernal ainda optou em permanecer com seu 'braço direito', desrespeitando a Lei da Ficha Limpa, que proíbe a nomeação para o cargo de pessoas em situações de inelegibilidade, como é o caso atual de Paulo Pedra. A situação pode acabar se enquadrando em crime de improbidade administrativa e comprometer ainda mais a dupla, caso o prefeito insista na manutenção do vereador cassado nos quadros de servidores do Executivo.
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