Ele acatou pedido feito por ex-integrante do PT
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), decidiu autorizar a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Haviam sete pedidos na Casa e ele resolveu dar andamento à solicitação feita pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
"Quanto ao pedido mais comentado por vocês proferi a decisão com o acolhimento da denúncia. Ele traz a edição de decretos editados em descumprimento com a lei. Consequentemente, mesmo a votação do PLN 5 não supre a irregularidade", disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara.
Hélio Bicudo, autor do pedido, é um dos fundadores do PT e deixou o partido por discordar dos rumos que a legenda tomou.
A decisão de Cunha ocorreu na mesma tarde em que a bancada petista se manifestou favorável ao pedido de investigação contra o presidente da Câmara, que enfrenta várias denúncias de irregularidades.
Nas redes sociais
A informação, veiculada ao vivo pela TV oficial da Câmara, também está no perfil do Facebook do deputado, com um texto que atribui a decisão ao atendimento do clamor público. "As manifestações populares que ocorreram no Brasil inteiro - em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto - não foram em vão! Atendendo ao pedido das ruas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acolheu o pedido de impeachment. A partir de agora, uma comissão formada por deputados de todas as bancadas emitirá parecer ao impeachment, que posteriormente segue para análise do plenário do Senado. Processo que será acompanhado por toda a população", diz o texto.
Cunha está sob ameaça de sofrer processo de cassação, por causa das denúncias de envolvimentos em corrupção. A mais recente delas envolve a suspeita de ter recebido R$ 45 milhões para defender uma emenda que beneficiava o banco BTG Pactual, de André Esteves, que foi preso junto com o senador Delcídio do Amaral (PT/MS), acusados de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, sobre a corrupção na Petrobras.
Diante da informação, parlamentares de oposição pediram que a sessão fosse suspensa, o que foi rejeitado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). A sessão hoje é conjunta. (Matéria editada às 18h29, para acréscimo de informação)
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