Órgãos da sigla ainda devem aplicar medida disciplinar
A bancada do PT no senado vai pedir suspensão provisória do senador Delcídio do Amaral (PT) do partido à executiva nacional, segundo nota publicada na manhã desta sexta-feira (4). O parlamentar está preso desde o último dia 25 por tentar obstruir investigação da Operação Lava Jato na qual a sigla é um dos principais alvos.
Na mesma data o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, se manifestou afirmando não haver solidariedade com o colega. “Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado; Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade”, alegou.
Agora os senadores têm praticamente a mesma postura. "A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado Federal, tendo em conta a gravidade dos fatos que redundaram na prisão do senador Delcídio do Amaral, informa que decidiu recomendar à Comissão Executiva Nacional do partido [...] que adote a medida cautelar de suspensão provisória do senador Delcídio do Amaral", diz a nota.
A bancada informa, ainda, que pedirá aos órgãos do partido abrirem processo disciplinar contra Delcídio, "com vista a que sejam apuradas as acusações que lhe são imputadas".
Na Casa de Leis, porém, a decisão de suspender o mandato ficou para 2016. Neste período ele segue recebendo salário de R$ 26,5 mil normalmente. Desde que foi encarcerado as visitas se revezam entre familiares e advogados. O presidente regional do PT, ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi, os deputados federais Zeca do PT, Dagoberto Nogueira (PDT) e Vander Loubet (PT).
De acordo com o dirigente o correligionário ainda não pensa em delação premiada. “As delações homologadas estão inocentando-o. Ele tinha conhecimento de muitas coisas, é senador há doze anos, líder de governo. Mas não tem o que delatar”, contou.
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