Nova etapa mirou nas empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Presidentes dessas empresas foram presos e estão detidos em Curitiba.
O delegado da Polícia Federal (PF) Igor Romário de Paula disse ao G1 na manhã desta segunda-feira (22) que os 12 presos na 14ª fase da Operação Lava Jato serão indiciados logo após serem ouvidos pelos demais delegados.
"Os procedimentos podem se prolongar até a semana que vem, mas serão todos indiciados", afimou o delegado.
Ao jornal "O Globo", Igor Romário de Paula disse que já existe muito material que incrimina os suspeitos.
Ao jornal "O Globo", Igor Romário de Paula disse que já existe muito material que incrimina os suspeitos.
A 14ª fase foi deflagrada na sexta-feira (19) e investiga crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, formação de cartel, fraude em licitações, desvio de verbas públicas, entre outros, envolvendo as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
Os quatro primeiros a serem ouvidos serão Alexandrino de Salles e Christina Maria da Silva Jorge, ligados à Odebrecht, além de Antônio Pedro Campelo de Souza e Flávio Lucio Magalhães, ligados à Andrade Gutierrez. Eles foram presos temporariamente. O prazo vence na terça-feira (23) e pode ser prorrogado por mais cinco dias.
"Tem provas suficientes para justificar as prisões", acrescentou o delegado.
Na sequência, a Polícia Federal deve ouvir os oito acusados que tiveram prisão preventiva, ou seja, que não fixa prazo para que possam deixar a carceragem da PF em Curitiba. Entre eles estão o presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, e o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.
Segundo o delegado, ainda não foram definidos por quais crimes cada acusado será indiciado. Contudo, a maioria deve responder por corrupção e lavagem de dinheiro.
14ª fase
As empreiteiras alvo desta fase da Lava Jato foram a Odebrecht e a Andrade Gutierrez.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas tinham esquema "sofisticado" de corrupção ligado à Petrobras, com depósitos no exterior.
As empreiteiras alvo desta fase da Lava Jato foram a Odebrecht e a Andrade Gutierrez.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas tinham esquema "sofisticado" de corrupção ligado à Petrobras, com depósitos no exterior.
O delegado Igor Romário de Paula afirmou que há indícios bem concretos, com documentos, de que os presidentes das empresas tinham "domínio completo" de atos que levaram à formação de cartel e fraude em licitações, além de pagamento de propinas.
Confira a lista dos presos de cada empresa presos nesta fase, de acordo com a PF:
Odebrecht
-Marcelo Odebrecht, presidente, prisão preventiva
-João Antônio Bernardes, ex diretor, prisão preventiva
-Alexandrino de Salles, prisão temporária
-Cristiana Maria da Silva Jorge, consultora, prisão temporária
-Márcio Faria da Silva, prisão preventiva
-Rogério Santos de Araújo, prisão preventiva
-César Ramos Rocha, prisão preventiva
-Marcelo Odebrecht, presidente, prisão preventiva
-João Antônio Bernardes, ex diretor, prisão preventiva
-Alexandrino de Salles, prisão temporária
-Cristiana Maria da Silva Jorge, consultora, prisão temporária
-Márcio Faria da Silva, prisão preventiva
-Rogério Santos de Araújo, prisão preventiva
-César Ramos Rocha, prisão preventiva
Andrade Gutierrez
-Otávio Marques de Azevedo, presidente, prisão preventiva
-Antônio no Pedro Campelo de Souza, prisão temporária
-Flávio Lucio Magalhães, prisão temporária
-Elton Negrão, prisão preventiva
- Paulo Roberto Dalmazzo, prisão preventiva
-Otávio Marques de Azevedo, presidente, prisão preventiva
-Antônio no Pedro Campelo de Souza, prisão temporária
-Flávio Lucio Magalhães, prisão temporária
-Elton Negrão, prisão preventiva
- Paulo Roberto Dalmazzo, prisão preventiva
Em nota, a Odebrecht informou que João Bernardi Filho e Christina Maria da Silva Jorge não são funcionários da empreiteira. A Andrade Gutierrez também informou que Antônio Pedro Campelo de Souza Dias, Paulo Roberto Dalmazzo e Flávio Lúcio Magalhães não fazem parte do quadro funcional da empresa. Leia Mais.
Presos estão em Curitiba
O avião da Polícia Federal com 11 dos investigados pousou em Curitiba por volta das 19h40 de sexta-feira (19). Dali, eles seguiram para a Superintendência da PF, onde estão detidos. O 12º preso, Paulo Roberto Dalmazzo, ex-executivo da Andrade Gutierrez, se entregou na Superintendência da PF, acompanhado do advogado.
O avião da Polícia Federal com 11 dos investigados pousou em Curitiba por volta das 19h40 de sexta-feira (19). Dali, eles seguiram para a Superintendência da PF, onde estão detidos. O 12º preso, Paulo Roberto Dalmazzo, ex-executivo da Andrade Gutierrez, se entregou na Superintendência da PF, acompanhado do advogado.
A operação ainda cumpriu 38 mandados de busca e apreensão e 9 de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.
O outro lado
Em nota, a Construtora Norberto Odebrecht (CNO) confirmou a operação da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Da mesma forma, alguns mandados de prisão e condução coercitiva foram emitidos.
Em nota, a Construtora Norberto Odebrecht (CNO) confirmou a operação da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Da mesma forma, alguns mandados de prisão e condução coercitiva foram emitidos.
"Como é de conhecimento público, a CNO entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações", diz a nota.
Também por meio de nota, a construtora Andrade Gutierrez informou que está acompanhando o andamento da 14ª fase da Operação Lava Jato e prestando todo o apoio necessário aos seus executivos nesse momento.
"A empresa informa ainda que está colaborando com as investigações no intuito de que todos os assuntos em pauta sejam esclarecidos o mais rapidamente possível. A Andrade Gutierrez reitera, como vem fazendo desde o início das investigações, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Operação Lava Jato, e espera poder esclarecer todas os questionamentos da Justiça o quanto antes", diz a nota.
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