terça-feira, 16 de junho de 2015

Vereadores vão gastar mais de R$ 40 mil com consultores durante CPI das Contas

Segundo Mario Cesar valor é equivalente à demanda da comissão
“Já autorizei, resta saber se tudo está dentro das formalidades. Mas a empresa foi a que ofereceu menor preço”, explicou o peemedebista. O custo será de R$ 13.500,00 por mês e o contrato ficará vigente por 90 dias, prazo inicial para o término da apuração conduzida pelo vereador Eduardo Romero (PTdoB) que pode se estender por mais um mês se for preciso.
Ainda segundo Mario, o preço está dentro do esperado diante da demanda de documentos a ser analisado, são mais de 200 mil páginas referentes às finanças e contratações de diversas secretarias, autarquias e fundações do Executivo. “Essa (CPI) é a que tem mais demanda, por isso é importante conhecimento técnico da assessoria”, ressaltou.
A investigação abrange de janeiro de 2011 a abril de 2015 e, portanto, passa pelas gestões dos ex-prefeitos de Campo Grande Nelson Trad Filho (PMDB), Alcides Bernal (PP) e por fim pelo atual administrador Gilmar Olarte (PP). O objetivo é diagnosticar a saúde financeira da Capital, bem como apurar se há excesso de nomeações no Executivo.
Embora o contrato com a empresa ainda não esteja assinado, os técnicos já tiveram acesso ao conteúdo para estipular preço ao trabalho. Romero disse, inclusive, que algumas demandas já estão sendo enviadas a eles. Esta semana não haverá oitivas justamente para dar celeridade à análise dos documentos. O presidente da CPI quer que em 15 dias haja prévia dos resultados. A comissão completa três meses no final de julho.

Sem concorrência e sem preço revelado, Câmara contrata consultoria para CPI

Extraoficialmente a empresa já estaria trabalhando
Não houve concorrência oficial entre empresas para auxiliar o trabalho de análise documental da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Contas Públicas. Devido à demanda de mais de 200 mil páginas contendo dados necessários à apuração, os vereadores solicitaram contratação de assessoria contábil e de advocacia para iniciar análise técnica, parte mais complexa da investigação.
Segundo a Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal o contrato ainda não foi oficialmente fechado, mas uma empresa já está em negociação avançada para prestar os serviços. Extraoficialmente, no entanto, vereadores já consideram o serviço contratado. 

Tanto que o próprio presidente da Comissão, Eduardo Romero (PTdoB), confirmou que o conteúdo já esta sendo enviado aos profissionais. “Não sei precisar quantos são porque depende da demanda que mandamos para eles. Mas são contabilistas e advogados. A equipe de cada vereador também ajuda”, revelou.
Ao todo, cinco legisladores compõem a CPI, além de Romero, Airton Saraiva (DEM) desenvolve papel de relator e Thais Helena (PT), Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Paulo Pedra (PDT) são integrantes.
A procuradoria da Casa de Leis negou que a assessoria já tenha sido contratada, mas admitiu que os profissionais estiveram na Câmara para verem o conteúdo trabalhado e, assim, puderam estipular valor pelo serviço. A proposta será apresentada ao presidente do Legislativo, Mario Cesar (PMDB), para que seja oficializada até amanhã à tarde. Embora os técnicos já tenham fixado preço, nada foi revelado sob justificativa de que o peemedebista tem que dar aval antes da divulgação dos números.
A negociação será fechada até amanhã a pedido da comissão que tem pressa em chegar ao resultado da apuração. Romero revelou não desejar estender de 90 para 120 dias a duração dos trabalhos. “Vamos correr contra o tempo”, disse. A contratação de especialistas em ciência contábil é de suma importância já que o objetivo da CPI é dar diagnosticar a saúde financeira de Campo Grande, além de analisar se houve inserção excessiva de comissionados e nomeados na atual administração.
Para dar celeridade ao processo os legisladores não marcaram oitivas para esta semana. O presidente esclareceu que em 15 dias as parciais terão que estar prontas para que o próximo a ser sabatinado seja escolhido. Novos documentos podem ser solicitados caso restem dúvidas. Os dados publicados em Diário Oficial, fornecidos nas prestações de contas quadrimestrais e colhidos nas próprias oitivas serão contrastados.

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