sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Relatório do Gaeco deve aumentar número de vereadores na berlinda

Treze podem ser citados

O Gaeco ainda não finalizou, mas deve concluir hoje o relatório que investiga vereadores, o vice-prefeito Gilmar Olarte (PP) e empresários em possível esquema de compra de votos.  No relatório o Gaeco citará operadores do possível esquema, que pode levar a cassações de mandatos.

A reportagem apurou que o risco é maior para os nove vereadores que foram presos no dia 25 de agosto, para prestar depoimento: Mario Cesar (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Jamal (PR), Carlão (PSB), Chocolate (PTB), Gilmar da Cruz (PRB) e Edson Shimabukuro (PTB). Todavia, a lista de vereadores pode aumentar, visto que outros três também figuram como investigado.
Eduardo Romero (Rede), Flávio César (PTdoB) e Otávio Trad (PTdoB) também tiveram os celulares apreendidos, assim como Olarte e os demais vereadores e, segundo a reportagem apurou, só não foram detidos porque já haviam prestado depoimento. Há, neste caso, grande possibilidade deles também serem citados no relatório final do Gaeco.
Concluindo o relatório, o Gaeco envia para a Procuradoria-Geral de Justiça, que definirá se aceita o relatório e envia para o Tribunal de Justiça dar continuidade ao processo, se arquiva ou se pede novas diligências. .
Além dos vereadores e do vice-prefeito, figuram como investigados os empresários João Amorim, João Baird e o ex-diretor do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação (IMTI), Fábio Portela.
O Gaeco recolheu os aparelhos de todos os investigados. As informações colhidas nos celulares e a quebra dos sigilos fiscais e bancários estão sendo usados pelo Gaeco para finalizar o relatório.
Os vereadores, vice-prefeito e empresários são suspeitos de terem articulado a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), comprando voto, seja por meio de dinheiro ou por troca de cargos. A Operação Coffee Break surgiu após quebra de sigilo telefônico de Olarte na Operação Adna, onde é suspeito de trocar cheques com agiotas para cassar Bernal. Ela explodiu de vez depois que a Polícia Federal captou novos áudios, desta vez na Operação Lama Asfáltica, onde também falavam da cassação de Bernal. Com os áudios o Gaeco deflagrou a operação, que chegou a deter por um dia nove vereadores e os empresários; por cinco dias Gilmar Olarte, e afastou Mario Cesar por três meses do cargo.

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