A pesquisa mostra que o excesso de peso e frequência de obesidade está ligada ao nível escolar
Durante a coletiva de imprensa ocorrida nesta quarta-feira (15) em Brasília, o Ministério da Saúde divulgou um estudo no qual o número de pessoas com excesso de peso no Brasil aumentou de 50,8%, em 2013, para 52,5%, em 2014.
No entanto, de acordo com o levantamento, o total de obesos se manteve estável nos últimos anos.
O estudo Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) apontou que 17,6% da população está obesa. Em 2013 o índice registrado foi 17,5%.
O Ministério considera acima do peso as pessoas com o IMC (Índice de Massa Corporal) superior a 25 e como obesos acima de 30. Foram entrevistadas 41 mil pessoas em todas as capitais do Brasil.
Entre as pessoas com sobrepeso, 56,5% são homens contra 49,1% nas mulheres. O levantamento mostra que o excesso de peso tende a aumentar com a idade. Jovens de 18 a 24 anos registram 31% e pessoas de 45 a 64 anos, 61%.
Números preocupam
A diretora Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério, Deborah Malta, destacou que os números preocupam.
— O ganho de peso nas primeiras faixas, e estamos falando de adultos muito jovens, tem sido um objeto de muita atenção por parte do Sistema Único de Saúde em relação as medidas que tem sido alteradas.
A pesquisa também mostra que o excesso de peso e frequência de obesidade está ligada ao nível escolar. Os dados apontam que 58,9% pessoas com oito anos de estudo estão acima do peso. O número cai para 45% entre os que estudaram 12 anos ou mais.
Com relação aos obesos, o índice quase duplica. Entre os que estudaram por até oito anos, 22,7% são considerados obesos e os que estudaram 12 anos ou mais registraram 12,3%.
Do total de entrevistados, 20% disseram ter colesterol alto. O índice atinge principalmente as mulheres, com 22% afirmando ter diagnóstico médico do problema. Entre os homens a incidência de colesterol alto atinge 17,6%.
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