A Fetems promete entrar com ação de improbidade contra Reinaldo Azambuja por não cumprir a Lei Estadual que garante o reajuste
Mesmo com decisão judicial cobrando a volta às salas de aulas, mais de três mil professores lotaram a sessão da Assembleia Legislativa da manhã desta terça-feira (2). Eles cobram que o governador Reinaldo Azambuja, do PSDB, cumpra Lei Estadual e também o que prometeu, dando reajuste de 10,92% para a classe neste ano.
O Governo oferece apenas 4,37% de aumento, e a integralização do Piso Nacional dos Professores – garantido por Lei Federal – apenas em 2022, enquanto os professores querem até 2018. Com a negativa do aumento, Reinaldo descumpre documento que ele próprio assinou –veja aqui.
Os professores pressionam os deputados estaduais, com gritos de ordem. Mais de 20 ônibus vieram do interior do Estado, e mais devem chegar durante o dia. A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) espera reunir cerca de 30 mil profissionais para tentar sensibilizar Reinaldo Azambuja, que se mostra impassível nas negociações.
“Só queremos o cumprimento da Lei”, afirmou Roberto Botareli, presidente da Fetems. Nesta manhã, houve a tentativa de diálogo entre a classe e o Governo, convocada pela Justiça, mas ainda não há posição oficial sobre o resultado do encontro.
O Governo conseguiu na Justiça a determinação para que os professores voltem à sala de aula, sob pena de multa diária à Fetems. A Federação, por sua vez, vai recorrer da decisão, e promete entrar com ação de improbidade contra Reinaldo Azambuja por não cumprir a Lei Estadual que garante o reajuste.
Comparações
“Governador, queremos o salário da TV”, gritam os professores, em referência ao comunicado assinado por Reinaldo, dizendo que os professores ganham R$ 5,5 mil mensais.
Conforme a tabela da Fetems o salário da classe hoje é o seguinte, por 20 horas semanais: R$ 1.331,42 para magistério; R$ 1.997,13 para graduação; R$ 2.131,27 para profissionais com especialização e R$ 2.196,84 para aqueles que têm mestrado ou doutorado.
Para ter o salário anunciado pelo Governo a base salarial deveria ser a seguinte, compare: magistério – R$ 2.662,80 mensais; graduação – R$ 3.984,20; especialização – R$ 4.260,48 em estrado ou doutorado – R$ 4.393,72.
Líder do Governo na Assembleia, o deputado tucano Rinaldo Modesto garante que o governador está dialogando com a classe, mas emenda: “o Governo não tem condições de dar esse reajuste”.
O próprio Rinaldo admite que os salários divulgados pelo Governo não são para início de carreira. “Também, é tanto tempo que não se abre um concurso que a maioria tem 15, 20 anos de carreira”, comentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário