Parlamentar aguarda atitude da presidência
O senador Randolfe Rodrigues (Rede) deve apresentar nesta terça-feira (1º) uma representação contra o senador Delcídio do Amaral (PT). O senador informou que aguarda uma atitude da presidência do Senado até o meio-dia e, caso não ocorra, deverá protocolar o pedido.
“O documento vai pedir a cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar. Delcídio está preso sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. No entanto, vamos esperar até o dia primeiro de dezembro, 12 h, para que a Mesa Diretora da Casa ingresse com o pedido, se isso não acontecer, buscaremos o apoio de outros partidos para subscrever a representação (SIC)”, postou o senador no Facebook.
Delcídio não tem encontrado apoio desde que foi preso pela Polícia Federal no dia 25 de novembro. O PT foi o primeiro a virar as costas para o senador, alegando que a conduta dele foi individual e sem qualquer relação com o partido. Há expectativa, inclusive, de que ele seja expulso do partido.
Após o PT anunciar que não tinha relação com a atitude do senador, o Senado deu um duro golpe em Delcídio, mantendo a ordem de prisão expedida pelo Supremo Tribunal Federal, com 59 votos favoráveis, contra 13 contrários e uma abstenção.
Em entrevista ao Midiamax, o assessor de Delcídio, Eduardo Marzagão, negou que a família esteja pressionando para uma delação premiada, mas revelou chateação do senador por conta do abandono de companheiros. “ “Está chateado com coisas ditas por quem o conhece e disse coisas não compatíveis com o conhecimento que têm dele”, justificou.
Delcídio foi preso no dia 25 de novembro em uma operação da Polícia Federal. A prisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal com alegação de que ele tentava conturbar as investigações da Operação Lava Jato.
Delcídio havia sido citado pelo ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, por suposta participação em esquema de desvio de recurso para compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Consta que o senador teria oferecido possibilidade de fuga a Cerveró em troca de ele não aderir ao acordo de colaboração com a Justiça, revelando as irregularidades da operação. A conversa foi gravada por um filho de Cerveró e entregue à polícia, que pediu prisão para não atrapalhar as investigações.
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