Notificações saltaram de 78 para 400 na UPA Vila Almeida
Dez leitos foram montados (Cleber Gellio)
O hospital de campanha que foi montado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida já está quase pronto. O local terá condições de atender pelo menos dez pacientes para hidratação. Segundo a gerente da unidade, Marilurdes do Amaral Grião, no mês de outubro foram notificados na unidade, 78 casos suspeitos de dengue. Em novembro, essa número saltou para 400 notificações. “Somente anteontem [terça-feira (8)], foram 39 casos”.
A unidade é a única de referência e 24 horas na região, por isso, atende um grande número de moradores dos bairros próximos “Vai facilitar o trabalho, no maior problema, que é local de hidratação”, explica Mariilurdes.
Conforme a gerente, ao chegar na unidade, o paciente passa pela classificação e será definido se ele vai para hidratação, no hospital de campanha. Em casos mais graves, ele será encaminhado a um hospital. Nos últimos dias, muitas pessoas tem procurado a UPA apresentando sintomas graves de dengue e de Zika.
O hospital de campanha no estacionamento da Upa foi montado em parceria com o Exército e ainda de acordo com a gerente, ainda receber pias e banheiros químicos. Ainda deve ser montado um toldo e uma rampa para garantir o acesso dos pacientes do interior da UPA ao hospital de campanha.
Guerra contra o Aedes Aegypti
Na UPA da Vila Almeida serão atendidos pacientes acometidos com as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika). Além da Vila Almeida, os hospitais de Campanha serão instalados nas UPA Universitário e Copavilla.
Para combater a epidemia de dengue, está sendo aberto o terceiro turno – durante o qual o médico atende das 17 horas até as 21 horas- em 10 unidades de saúde, além do relançamento da equipe móvel que irá atender as unidades que estiveram super lotadas em função da epidemia.
Imóveis fechados
A Prefeitura de Campo Grande conseguiu na Justiça alvará para entrar em imóveis fechados e desabitados, abandonados ou desocupados, para combater o mosquito Aedes aegypti.
A autorização foi dada na segunda-feira (7) pelo juiz Aluísio Pereira dos Santos, diretor do Foro de Campo Grande, em resposta a um pedido de providências apresentado pelo Município.
De acordo com o pedido que foi atendido, há imóveis fechados, aos quais os agentes de saúde não têm acesso, impedindo ações ao combate ao mosquito. O juiz considerou que a inspeção e limpeza por agentes de saúde deve prevalecer sobre o interesse particular.
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