quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Unidade com 'hospital temporário' em Campo Grande já tem 400 casos de dengue

Notificações saltaram de 78 para 400 na UPA Vila Almeida

Dez leitos foram montados (Cleber Gellio)Dez leitos foram montados (Cleber Gellio)
O hospital de campanha que foi montado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida já está quase pronto. O local terá condições de atender pelo menos dez pacientes para hidratação. Segundo a gerente da unidade, Marilurdes do Amaral Grião, no mês de outubro foram notificados na unidade, 78 casos suspeitos de dengue. Em novembro, essa número saltou para 400 notificações. “Somente anteontem [terça-feira (8)], foram 39 casos”.
A unidade é a única de referência e 24 horas na região, por isso, atende um grande número de moradores dos bairros próximos “Vai facilitar o trabalho, no maior problema, que é local de hidratação”, explica Mariilurdes. 
Conforme a gerente, ao chegar na unidade, o paciente passa pela classificação e será definido se ele vai para hidratação, no hospital de campanha. Em casos mais graves, ele será encaminhado a um hospital. Nos últimos dias, muitas pessoas tem procurado a UPA apresentando sintomas graves de dengue e de Zika. 
O hospital de campanha no estacionamento da Upa foi montado em parceria com o Exército e ainda de acordo com a gerente, ainda receber pias e banheiros químicos. Ainda  deve ser montado um toldo e uma rampa para garantir o acesso dos pacientes do interior da UPA ao hospital de campanha.

Guerra contra o Aedes Aegypti
Na UPA da Vila Almeida serão atendidos pacientes acometidos com as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika). Além da Vila Almeida, os hospitais de Campanha serão instalados nas UPA Universitário e Copavilla.   
Para combater a epidemia de dengue, está sendo aberto o terceiro turno – durante o qual o médico atende das 17 horas até as 21 horas- em 10 unidades de saúde, além do relançamento da equipe móvel que irá atender as unidades que estiveram super lotadas em função da epidemia.
Imóveis fechados
A Prefeitura de Campo Grande conseguiu na Justiça alvará para entrar em imóveis fechados e desabitados, abandonados ou desocupados, para combater o mosquito Aedes aegypti.
A autorização foi dada na segunda-feira (7) pelo juiz Aluísio Pereira dos Santos, diretor do Foro de Campo Grande, em resposta a um pedido de providências apresentado pelo Município.
De acordo com o pedido que foi atendido, há imóveis fechados, aos quais os agentes de saúde não têm acesso, impedindo ações ao combate ao mosquito. O juiz considerou que a inspeção e limpeza por agentes de saúde deve prevalecer sobre o interesse particular.

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