quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Vereador critica Bernal após decretar estado de emergência: “Foi precipitado e sem planejamento"


Após o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) decretar situação de Emergência em Campo Grande, devido à gravidade da chuva e os estragos provocados por ela no último sábado (5) por meio de edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), o Executivo agora pode contratar por 180 dias serviços e obras, relacionadas com intervenções e providências relacionadas a estas questões (a epidemia e os estragos da chuva). 
Questionando a atitude prefeito, o vereador Chiquinho Telles (PSD), acredita que o decreto de Estado de Emergência pode ter sido precipitado e despreparado, já que não se sabe quanto irá gastar e qual empresa realizará a reconstrução dos danos. “Nós vivemos um período de muita insegurança e muitas incertezas, e problemas, mas realmente era necessário? Já vivemos momentos muito piores, agora se ele buscar recursos, onde vai ser destinado esse dinheiro? Quem fará essas obras? realmente deveria ser aplicado para aquela finalidade? Temos que esperar, mas a população espera resultados. Esse pedido de emergência foi antecipado e sem planejamento, não sabe nem quanto vai gastar, como já decreta situação de emergência? a situação não é nova, mas com o Bernal estamos vivendo na “monarquia”, ele toma as decisões da cabeça dele, deveria ouvir o poder legislativo e por enquanto estamos vivendo um momento sem perspectiva de futuro”, apontou Telles. 
Visita do Ministério
Na terça-feira (8), o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, sobrevoou a região Sul do Estado afetada por temporais que atingiram 16 cidades de Mato Grosso do Sul, incluindo Campo Grande e reuniram-se com representantes dos municípios para discutirem  a recuperação das áreas atingidas pelas  chuvas, sem a presença do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal. O Secretário de Governo, Paulo Pedra minimizou a ausência do prefeito e mantém a importância de iniciar rapidamente a recuperação dos estragos com a chuva na cidade. “Eu ainda não conversei com o prefeito em relação a isso, sabemos da urgência e da importância e acredito que nos próximos dias teremos uma estimativa. O prefeito não esteve com o Ministro, pois suas funções são aqui, não tinha por que ir para o interior, até por que ele tem outras prioridades, Campo Grande é uma cidade mais autônoma, vamos ter uma conversa e alinhar quais serão os planos daqui para frente”, disse o secretário. 
Reincidência
Campo Grande ao longo de cinco anos já passou por diversos problemas relacionados às chuvas na cidade. Em 2010, uma forte chuva provocou estragos em diversas regiões e fez com que o ex-prefeito Nelson Trad Filho, decretasse a mesma situação buscando recursos junto ao Ministério da Integração Nacional na faixa de R$ 32 milhões de reais. Em 2011 outra chuva destruiu regiões como a do Bairro Nova Lima, Parque dos Laranjais fazendo com que Nelsinho utilizou em torno de R$ 50 milhões em obras de controle de enchentes. 
A reportagem entrou em contato com o Secretario de Infraestrutura (Seinthra), Amilton Cândido, Secretário de Planejamento e Finanças, Disney de Souza Fernandes para obter levantamento dos gastos com as obras, porém até o fechamento desta edição não obtivemos retorno das ligações. 

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