quinta-feira, 9 de abril de 2015

Sete Brasil contratará menos sondas que o previsto para Petrobras

Informação é do diretor de investimento da Petros, Lício Raimundo.

Cada contrato para construção de sondas gira em torno de US$ 1 bilhão.

Da Reuters
A Sete Brasil, empresa que contrata a construção de sondas para a Petrobras, deverá ter capacidade para atender entre 13 e 17 sondas de um total de encomendas de ao menos 28 equipamentos, avaliou nesta quarta-feira (8) um representante de uma das sócias da companhia.
O cumprimento parcial da encomenda se deve a dificuldades financeiras da Sete Brasil, em meio a investigações de corrupção pela Operação Lava Jato, que têm impactado os investimentos da Petrobras.
"Aquele desenho original de 29 sondas, sendo 28 e mais uma de stand by, é um desenho que não se sustenta mais neste momento. Vamos ter uma redução disto para algo entre 13 e 17 sondas, no máximo", disse Lício Raimundo, diretor de investimento da Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, que detém 10% de participação na Sete Brasil.
Cada contrato para construção de sondas gira em torno de US$ 1 bilhão.
A Sete tem rolado empréstimos-ponte com um grupo de bancos até negociar condições finais sobre o pacote de financiamento de longo prazo. As negociações ficaram mais difíceis após as investigações sobre corrupção na Petrobras.
"Vamos ter um enxugamento do desenho inicial. Este número de 13 a 17 é o que a Sete tem como fôlego para ofertar, tendo em vista a sua situação e os seus financiadores", declarou ele, em evento no Rio de Janeiro.
A Sete Brasil informou na última segunda-feira que assinou em 31 de março memorando de entendimento com credores que suspende o direito de execução de dívidas com empresas do grupo por 90 dias.
Raimundo disse que a Sete já está procurando bancos no mercado brasileiro para resolver o seu passivo e garantiu que a empresa não corre risco de quebrar.
"A Sete vai sobreviver, vai vencer essa tormenta, mas vai vencer com um desenho menor do que o planejado inicialmente, que dada as condições que você coloca, talvez sejam as mais adequadas mesmo", disse ele, comentando questão sobre o impacto da queda dos preços do petróleo na companhia.

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