domingo, 7 de junho de 2015

Na ‘crise’, Prefeitura vende áreas públicas e folha de pagamento do servidor


A saída é novidade na Capital do Estado, que nunca enfrentou uma situação tão crítica como na atual gestão


A brilhante solução encontrada pela Prefeitura de Campo Grande para amenizar a crise financeira é simples: lotear a cidade. A administração já prepara uma liquidação de áreas públicas, que serão oferecidas principalmente para empresas, desde que elas paguem, é claro. A saída é novidade na Capital do Estado, que nunca enfrentou uma situação tão crítica como na atual gestão.

Mistério
Outra saída encontrada foi leiloar a folha de pagamento dos servidores municipais. Atualmente de responsabilidade do HSDB, a folha deve ser transferida para a Caixa Econômica Federal, a um custo ainda não revelado. Os bancos mostram interesse na folha pelos benefícios que ganham da administração pública – muitos ilegais – como por exemplo, forçar os servidores a fazer consignados apenas com a instituição.

Vai dar?
Segundo fontes de dentro da prefeitura, todas as ações, juntas, vão render cerca de R$ 200 milhões aos cofres municipais. Parece muito dinheiro, mas a verba segura as pontas da prefeitura por até, no máximo, 60 dias. Depois disso é esperar e ver qual será o novo jeitinho de Gilmar Olarte para não afundar o município ainda mais em dívidas.

#SóReclama
Interessante ver as fortes críticas do prefeito Gilmar Olarte e do governador Reinaldo Azambuja ao Governo federal. Eles alegam que toda a crise financeira é causada pela União. Só um dado: o maior hospital de Mato Grosso do Sul, a Santa Casa de Campo Grande, é sustentada praticamente só pelo Governo federal. De todos os seus gastos, 67% é pago pela presidência, 25% pelo município e apenas 8% pelo Governo de MS.

Responsabilidades
Reinaldo e Olarte aproveitam o momento de crise no Planalto para jogar todos os problemas em quintal alheio. Brasília está longe de ser um paraíso, mas prefeitura e governo também não andam fazendo nada pela população regional.


Cobrança
Quem deveria se atentar é o sul-mato-grossense. Forte crítico do Governo federal, o cidadão local faz uma bela vista grossa na hora de avaliar as gestões regionais. Reinaldo Azambuja, por exemplo, ainda não cumpriu nenhuma das promessas de campanha eleitoral. E a tal crise nas finanças estaduais ainda é incerta, já que as receitas cresceram no último bimestre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário