Professores da Rede Municipal estão acampados desde as primeiras horas de hoje (17) no Paço Municipal como forma de pressionar o prefeito Gilmar Olarte (PP por liminar) a manter um diálogo com a categoria de forma direta, uma vez que os interlocutores nomeados para as negociações não apresentam novas propostas e não têm autonomia.
Munidos de redes, barracas e cadeiras, os manifestantes fizeram um lanche coletivo e pretendem permanecer no local até a noite, quando colocarão um telão para acompanhar o jogo da seleção brasileira e farão um churrasco.
Segundo Isac Zampiere, 54 anos, professor de Geografia e Teatro na Escola Plínio Mendes, a categoria está desgastada de comparecer à Câmara Municipal de Campo Grande, pois mesmo contando com o apoio dos vereadores, sentem que eles não têm forças para auxiliar numa solução. “Vamos permanecer aqui por tempo indeterminado, não passaremos a noite, mas temos a intenção de, com a nossa presença, atrapalhar o prefeito. À noite realizaremos um Sarau junto com o SOS Cultura na frente do Teatro do Paço. Gostaríamos que o prefeito se dispusesse a conversar com a categoria até para explicar sobre a blindagem que ele assegura ter”, disse Isac.
O vereador Paulo Pedra (PDT) compareceu ao local para levar solidariedade aos professores e lamentou essa situação criada “por um prefeito sem noção, que não tem a capacidade de nomear um interlocutor com poderes de decisão e conhecimento de causa, pois o secretário interino e seu adjunto não são da área”, disse Pedra.
Os professores representados pela ACP farão uma reunião às 16 horas de hoje na Câmara Municipal com representantes do prefeito e vereadores e irão comparecer à sessão de amanhã para manter a pressão sobre o legislativo.
A greve dos professores que atuam na Reme (Rede Municipal de Ensino) continua em Campo Grande. O prefeito Gilmar Olarte (PP), não enviou uma nova proposta, ao contrario do que foi anunciado. Cerca de 1.200 educadores participaram da assembleia no inicio da tarde de hoje (16) na sede da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais em Educação Pública).
Os professores querem que o Prefeito cumpra a lei municipal 5.411/2014 que prevê reajuste de 13%, referente à integralização do piso salarial para 20 horas. Hoje, o piso é de R$ 1.697, e com reajuste previsto em lei é elevado para R$ 1.917.
Após ameaças e coação por parte da prefeitura da Capital, professores foram até a Câmara Municipal na manhã de hoje (16) para denunciar a pressão que estão sofrendo por parte do secretário de educação interino, Wilson do Prado, e da primeira Dama Andréia Olarte.
Já Gilmar Olarte disse ao MS Notícias, que não houve ameaças por parte da prefeitura. “Não existe ameaças, não existe coação, são frases montadas e criadas para tentar colocar a população contra o prefeito”, afirma.
prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP) negou que ele ou sua esposa Andréia Olarte ou secretário interino de educação Wilson do Prado tenham ameaçando os professores convocados a interromper a greve sob pena de demissão, mesmo diante de provas materiais apresentadas hoje pelos professores aos vereadores da Capital durante sessão da Câmara pela manhã.
“Não existe ameaças, não existe coação, são frases montadas e criadas para tentar colocar a população contra o Prefeito”, disse Olarte.
A denúncia foi recebida por meio de mensagem via celular pelo vereador Eduardo Romero (PTdoB). Segundo ele, de acordo com as denúncias, a coação ocorreu por meio de ligações telefônicas de funcionários que cumpriam ordem da Semed, especialmente aos convocados, sob a pressão de que seriam exonerados nos próximos dias.
O vereador anunciou que irá manter a condição de anonimato dos denunciantes, bem como as mensagens que recebeu em seu celular. Romero e o vereador Paulo Pedra (PDT) relembraram que o secretário pode estar cometendo crime, pois na CPI, ele garantiu em juramento que havia nenhum tipo de pressão ou coação".
Espera
Olarte evitou falar sobre a greve, espera o mais rápido chegar a um acordo e por fim na paralisação realizada pelos professores municipais, que já dura mais de 20 dias. “Espero resolver o mais breve possível, para que a gente comece a reposição das aulas”, finalizou.
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