domingo, 23 de agosto de 2015

Igreja Assembléia de Deus Nova Aliança do MT entra na Justiça contra Olarte (Adna do MT quer desvincular sua imagem da Adna de MS)

Efeitos de operação do Gaeco levam igreja à Justiça contra Olarte


  • Olarte (à esquerda, ao fundo) prega tendo ao fundo banner da igreja que comanda em Campo Grande (Reprodução / Internet)
  • A Operação Adna, feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e que resultou em ação criminal contra o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), acirrou uma animosidade entre duas igrejas evangélicas. A Adna (Assembleia de Deus Nova Aliança) Ministério Santa Cruz, do Mato Grosso, acionou a Justiça contra a Adna-BR (Assembleia de Deus Nova Aliança do Brasil), capitaneada pelo chefe do Executivo da Capital, que é pastor.
    O motivo da disputa é o uso, por parte da Adna-BR, da marca oficial da Adna, formada pela imagem de duas alianças entrelaçadas, conforme alega a segunda. Além disso, a igreja do Estado vizinho reclama de prejuízos em decorrência da vinculação de seu nome à Operação Adna, a qual resultou em denúncia ao TJ (Tribunal de Justiça) contra Olarte, réu sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
    A ação da Adna começou a tramitar na 2ª Vara Cível de Campo Grande no dia 17 de agosto. A igreja mato-grossense pede liminar para que a congregação de Olarte “se abstenha imediatamente de usar a marca e o logotipo da autora em todo e qualquer meio”, bem como reparação de danos “em valor a ser fixado” pela Justiça.
    Fundamentando os pedidos, a Adna lembra que, entre 2006 e 2009, Olarte foi membro da igreja. “Contudo, os problemas logo apareceram”, porque, conforme a petição, o pastor “passou a adotar entendimentos e condutas inadmissíveis segundo os parâmetros concebidos pela autora”.
    Ao se desligar da Adna, ainda conforme a versão dos autores da ação judicial, Olarte pediu autorização para continuar usando a marca em outra igreja. A resposta foi de que “a igreja por ele fundada não poderia usar a marca Adna”.
    Desde então, os mato-grossenses dizem que tentam, amigavelmente, dar fim ao imbróglio. “A ré persistiu na prática da conduta ilícita, fato esse que se agravou com a deflagração da ‘Operação Adna’ do Gaeco de Mato Grosso do Sul”, alegam à Justiça.
    A Adna relata ainda que detém o registro oficial da marca no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). A Adna-BR teria sido impedida de fazer o mesmo, posteriormente.
    Por parte da Adna, estaria havendo problemas para explicar não haver relação com a sul-mato-grossense de mesmo nome. “Como explicar que se trata de igrejas diferentes se os nomes são iguais? A Adna, autora desta ação, tem se desdobrado para explicar a todos os seus membros, e à população em geral, que nada tem a ver com a igreja homônima de Mato Grosso do Sul”.
    Até o momento, não há decisão judicial acerca do pedido da Adna Ministério Santa Cruz. A reportagem tentou, por telefone, falar com alguém da Adna-BR, mas ninguém atendeu às ligações

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