O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), reclamou da greve dos médicos na manhã deste sábado (22), durante o lançamento da Cidade da Solidariedade. Disse que a categoria ganha bem, convocou-a pela volta ao trabalho e avisou a profissionais ainda sem vínculo com a Prefeitura: enviem seus currículos, pois há vagas disponíveis.
Segundo Olarte, tudo que era possível, e até o que estava acima das possibilidades da Prefeitura, foi feito para atender os pedidos da categoria. Ainda conforme o prefeito, a única coisa que não pode ser feita é conceder aumento, em decorrência da situação financeira atual da Prefeitura.
Ainda sobre os grevistas, Olarte avaliou que há médicos que recebem de R$ 10 mil a 20 mil – incluindo benefícios e plantões – e disse acreditar que essa remuneração é compatível a função. Por isso, conclui, não vê motivos para a continuidade da greve.
Com base em dados divulgados pela Prefeitura, referentes à folha de julho, há pelo menos 20 profissionais atualmente ganhando mais que o prefeito. O salário dele, de R$ 20.412, é o teto para os vencimentos do Município.
Greve
Em assembleia na tarde desta sexta-feira (21), no Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), os médicos da rede municipal de saúde deliberaram por enviar um documento à Prefeitura de Campo Grande dando um prazo de 48 horas para que haja manifestação sobre preenchimento de escalas de plantões e cobertura do 3º turno nas unidades de saúde, além de pedirem uma data base para a categoria discutir o reajuste salarial.
O secretário adjunto de Planejamento, Finanças e Controle de Campo Grande, Ivan Jorge, participou da assembleia para explicar as finanças do Município.
Os médicos estão em greve desde a noite do último sábado (15). Os atendimentos a categoria decidiu pela paralisação depois do atraso no pagamento dos profissionais. Apenas 30% do efetivo está atendendo nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde).
A Rede Municipal de Saúde tem 1.200 médicos, que recebem R$ 2.580 para cumprir jornada de 20 horas semanais. No primeiro semestre deste ano, os médicos paralisaram por 18 dias
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