quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Tabosa desvia foco de fraude induzida por sindicato e coloca culpa em enfermeiros

Os gerentes podem pagar o preço por ter cumprido ordens superiores

Tabosa foi de posto em posto, antes do ocorrido, dizendo que já tinha feito acordo com o Secretário, mas nega. A culpa é dele e ele põe em quem quiser. 
O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Cesar Tabosa, contradiz a denúncia do MP-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), que levou à Justiça a informação de que ele e o secretário municipal de Saúde, Jamal Salém, teriam coagido gerentes de postos de saúde a assinarem folha de frequência de agentes de saúde em horário superior ao que foi trabalhado. Na tarde desta quarta-feira (19), Tabosa se defende e garante que a culpa é dos gerentes das unidades de saúde.
“Não fraudamos nada, confirmo que é invenção dos gerentes de postos de saúde. Se houve alguma fraude foi cometida pelos próprios gerentes na greve dos enfermeiros. Pois eles [enfermeiros] iniciaram greve e os gerentes abonaram a falta deles”, argumentou.
Junto com a denúncia, o MP-MS ainda pediu o afastamento de Tabosa e de Jamal. A denúncia chegou à 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande. Nela, o promotor Alexandre Pinto Capiberibe Saldanha sustenta a ilegalidade confirmada por dez gerentes de unidades de saúde. A mando do secretário e do sindicalista, desde janeiro deste ano eles estariam assinando a folha de ponto de aproximadamente 2 mil agentes de saúde como se tais servidores tivessem trabalhado 8 horas, quando, na verdade, a carga horária cumprida teria sido de 6 horas.
Agora, os servidores organizam um protesto para amanhã, aonde vão exigir que a Prefeitura de Campo Grande conceda a plataforma de curso online. Pois conforme Tabosa, a capacitação tem a duração de duas horas diárias e foi combinado que este treinamento completaria a carga horária dos funcionários ( de 6 horas/dia).
O sindicalista explica que a Executivo se comprometeu em dar os cursos há aproximadamente sete meses, desde que os agentes de saúde realizassem 10 visitas por dia, cobrissem áreas sem atuação dos servidores, além de fazer o preenchimento de informações no E-SUS. No entanto, até o momento, segundo o Sisem tudo ficou apenas em promessas.
“Nossa paralisação de amanhã é uma advertência. Vamos protestar na Rua Bahia esquina com a Afonso Pena, a partir das 7h30 para exigir que a Prefeitura conceda aos servidores a plataforma de cursos on line. Caso não haja avanço, vamos fazer greve na semana que vem”, finalizou.

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