Ataques de 2013 deixaram três mortos e 264 feridos.
Segunda fase do julgamento analisará condenação à pena de morte.
O júri decidiu nesta quarta-feira (8) que o jovem Dzhokhar Tsarnaev, de 21 anos, é culpado pelos atentados contra a Maratona de Boston, que deixaram três mortos e 264 feridos. Tsarnaev foi considerado culpado em todas as 30 acusações que recebeu.
O veredito anuncidao nesta quarta é produto de 12 horas de deliberações dos 12 jurados nos últimos dois dias, depois de 16 dias de julgamento.
Das 30 condenações de Tsarnaev, 17 delas são crimes passíveis de pena de morte. Em uma segunda fase do julgamento, provavelmente na próxima semana, os jurados terão que deliberar se ele será ou não condenado à pena de morte.
O veredito anuncidao nesta quarta é produto de 12 horas de deliberações dos 12 jurados nos últimos dois dias, depois de 16 dias de julgamento.
Das 30 condenações de Tsarnaev, 17 delas são crimes passíveis de pena de morte. Em uma segunda fase do julgamento, provavelmente na próxima semana, os jurados terão que deliberar se ele será ou não condenado à pena de morte.
Entre as condenações, o jovem foi considerado culpado pelo assassinato de três pessoas, por ferir outras 264 e por matar um policial a tiros quatro dias depois.
O ataque aconteceu em 15 de abril de 2013 quando duas bombas de fabricação caseira explodiram com 12 segundos de diferença em meio a uma multidão perto da linha de chegada da maratona, revivendo o temor terrorista nos Estados Unidos.A corte contou com a presença de sobreviventes do ataques e familiares de Martin Richard, de oito anos, a vítima fatal mais jovem, além de autoridades locais. Enquanto o júri lia seu veredito, Tsarnaev ficou de pé, olhando para baixo, sem expressar reações, ao lado dos advogados. Nenhuma reação foi ouvida por parte das vítimas e testemunhas que estavam presente na corte, segundo a repórter da rede CNN, Alexandra Field.
Os irmãos Tsarnaev, de origem chechena, foram identificados como autores dos ataques dias depois da corrida graças a gravações das câmeras de segurança.
O irmão mais velho de Dzhokhar, Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, foi morto pela polícia depois de matar um policial quando tentavam fugir de Boston e, após uma longa perseguição, Dzhokhar foi capturado horas mais tarde, gravemente ferido.
O atentado é considerado pelo pior ataque terrorista nos Estados Unidos desde os de 11 de setembro de 2001.
Julgamento
A defesa reconheceu desde o primeiro dia que Tsarnaev participou dos ataques, mas durante o julgamento tentou minimizar seu papel, apresentando-o como um cúmplice manipulado por Tamerlan, seu irmão mais velho e radical, que foi morto pela polícia.
Julgamento
A defesa reconheceu desde o primeiro dia que Tsarnaev participou dos ataques, mas durante o julgamento tentou minimizar seu papel, apresentando-o como um cúmplice manipulado por Tamerlan, seu irmão mais velho e radical, que foi morto pela polícia.
Mas o promotor Aloke Chakravarty enfatizou em sua argumentação final que Dzhokhar Tsarnaev - que se tornou um cidadão americano em setembro de 2011 e parecia bem integrado - agiu a sangue frio e queria "aterrorizar" os Estados Unidos.
"Ele queria punir os Estados Unidos pelo que fez ao seu povo", disse Chakravarty. "Naquele dia, junto ao irmão, mataram duas jovens mulheres e uma criança de oito anos (...) e deixaram 17 amputados".
Segunda fase
A advogada de defesa, Judy Clarke, pediu aos jurados para que mantenham a mente aberta para a segunda fase do julgamento, quando deverão decidir por unanimidade entre a pena de morte e prisão perpétua.
Segunda fase
A advogada de defesa, Judy Clarke, pediu aos jurados para que mantenham a mente aberta para a segunda fase do julgamento, quando deverão decidir por unanimidade entre a pena de morte e prisão perpétua.
O Estado de Massachusetts, de onde Boston é a capital, aboliu a pena de morte de sua legislação em 1984, e a maioria de sua população se opõe a ela. Ninguém foi executado no estado desde 1947.
Mas, por tratar-se de um "ato terrorista com o uso de uma arma de destruição em massa", Dzhokhar Tsarnaev é julgado sob a lei federal.
A sentenças à morte federais são raras nos Estados Unidos: 61 condenados federais estão no corredor da morte, contra cerca de 3.000 sob a justiça estadual, de acordo com o Centro de Informações sobre a pena de morte.
As execuções federais são ainda mais raras: apenas quatro desde 1963, a última em 2003.
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