sábado, 12 de setembro de 2015

MPE investiga ex-diretora do Detran por improbidade administrativa e peculato

Ela ocupou o cargo durante gestão de Puccinelli

  • (Arquivo/Midiamax/LA)
  • A ex-diretora de administração e finanças do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Maria das Graças Freitas, é alvo de inquérito civil por supostamente ter cometido atos de peculato, advocacia administrativa, dispensa ilegal de licitação, improbidade administrativa e acúmulo ilegal de cargos, conforme publicação do Diário Oficial do MPE (Ministério Público Estadual).
    Em fevereiro deste ano, um mês antes de a acusada deixar o cargo ao qual ocupou por oito anos, o MPE já havia instaurado procedimento investigatório contra ela com base em denúncia anônima. Segundo essas informações o órgão passou por modernização e, por isso, toda a documentação foi transferida do papel para dados digitais. O período em que ficou emprega foi o mesmo da administração do ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB).
    Documento em anexo ao procedimento de fevereiro, mostra que em pelo menos sete boletos de conferência entregues pela Repram Reciclagem e Preservação Ambiental, no período de dezembro de 2012 a junho de 2014, mostram mais de 47 mil quilos de papel entregues na empresa por funcionários do Detran, em veículos à disposição do Estado.
    As sete notas, sem valor fiscal, dariam lucro de pouco mais de R$ 28,5 mil. A denúncia dá conta da existência da destinação de toneladas de papéis oriundos das agências do Detran de todo o Estado, e o pagamento deste material teria sido recebido todo por Maria das Graças, que nunca os repassou para os cofres estaduais. A própria contratação da empresa de reciclagem teria ocorrido sem licitação.
    À época a ex-diretora foi encontrada em casa, no endereço fornecido no MPE, e também não quis se pronunciar. O denunciante relatou ainda aos promotores, que Maria das Graças adquiriu bens e realizou diversas viagens para o exterior no período que esteve na diretoria do Detran, e que estaria ocultando ou dissimulando valores provenientes dos crimes cometidos em função do cargo.

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