O prefeito amadureceu, mas ainda mantém o ‘queixo de vidro’ temido pelos lutadores de boxe, o centralismo nas decisões.
A população perdeu a fé nos governos pelo excesso de promessas e mentiras. A Câmara Municipal vem passando momentos difíceis, desacreditada após os recentes episódios que culminaram com a cassação, mal explicada, do governo do prefeito eleito Alcides Bernal (PP). Envolveu-se de forma nefasta na propalada “blindagem” arrogada pelo ex-prefeito e atual réu Gilmar Olarte (PP por liminar). Os vereadores da base aliada fizeram uma defesa total e plena, impedindo requerimentos, deixando de lado os deslizes criminosos de Gilmar Olarte, como o não cumprimento da Lei 5.411-14 e o uso do jatinho de propriedade de João Baird, fornecedor de serviços ao município, e que contraria à Constituição Federal. Caíram em descrédito.
Agora, Bernal repete alguns erros da sua primeira gestão. Naquele primeiro momento, demorou para definir seu secretariado, uma vez que foi eleito em outubro de 2012 e, em fevereiro de 2013 não tinha sua equipe completa, apesar de anunciar, em diversas ocasiões, que informaria a composição total do seu secretariado. Ontem, ainda durante os eventos de 7 de Setembro, prometeu o anuncio do secretário ‘interino’ de Educação do Município para hoje e, priorizou o atendimento às denúncias de desperdício de merenda escolar que são, claramente, de responsabilidade da gestão passada.
A impressão que causa na população, é total falta de foco na administração. Não é função do prefeito correr atrás de estoque de alimentos. Sua posição seria a de determinar um secretário para acompanhar as denúncias, ou na falta deste, designar alguém que o faça. Assim, evitaria o não cumprimento da coletiva que havia anunciado.
Esse tipo de atitude causa constrangimento até em seu secretariado já anunciado, no caso do secretario de Governo Municipal, Paulo Pedra, que poderia ter feito a divulgação sem que isso prejudicasse a imagem do Prefeito.
Enquanto e se mantiver o caráter centralizador, o atual prefeito pode pecar pelo imobilismo e desmerecimento de seus secretários que marcou seu primeiro período de governo. Apostar em secretários interinos, cercear o poder de decisão de seus auxiliares irá, pelo fatal imobilismo administrativo, impedir sustentação à sua gestão.
Muitos desejam a recuperação da Capital, chegou então o momento de separar o joio do trigo, arriscar grande e apostar nos que caminham juntos e trabalhar, com um pé atrás e um ar de desconfiança, os não confiáveis e podem articular novos golpes. Não, esses golpes, hoje, não têm o poder de arribar Bernal do poder, mas podem corroer estruturas. Sozinho o prefeito poderá permitir assentar seus alicerces em areia, portanto, formar uma equipe coesa, confiável e capacitada e, acima de tudo confiar nos companheiros é a única alternativa para levar o governo a bom termo e recuperar a Capital.
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