quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Câmara não quer se ajustar com Bernal e a População é quem sofre


Após a visita do vereador Alcides Bernal na Câmara Municipal de Vereadores, juntamente com o secretário de Administração, Disney Fernandes, na última quarta-feira (16) para apresentar o balanço financeiro das contas da prefeitura nos últimos anos, paira na Câmara uma sensação de “filme repetido” para a população. 
Entre os vereadores, o discurso é de cobrança ao prefeito Alcides Bernal (PP) que foi cassado em 2014 e retornou como chefe do executivo há quase vinte dias, mas a população ainda se pergunta: “O prefeito mudou, mas por quê os problemas ainda continuam”? 
Durante discurso na apresentação das contas, ontem (16) o vereador Alex do PT, disse que a ‘culpa’ também pode estar no legislativo. “Temos que criar um debate, pois se chegamos nessa situação lamentável é por que deixamos o ‘barco solto’ e fomos permissivos”, afirmou, deixando a população desesperançosa no que se refere a quem recorrer para ‘salvar a cidade’ do marasmo que está sofrendo. 
Enquanto o ‘culpado’ não aparece, 9 vereadores estão sendo investigados na Operação Coffe Break, incluindo o ex-presidente da Câmara Municipal Mario Cesar (PMDB) como supostos articuladores no processo de cassação do prefeito Alcides Bernal e a cidade tem mais de R$ 158 milhões de reais de "buraco" nos cofres públicos da cidade.
O ex-prefeito Gilmar Olarte (PP) é investigado em ação de corrupção e lavagem de dinheiro e a população é que está sofrendo as consequências com a ‘bagunça entre o legislativo e o executivo’. São toneladas de lixos espalhados na cidade, pessoas correndo risco de contrair doenças, problemas na saúde com médicos que até ‘ontem’ estavam em greve, falta de estrutura para atender a população e ainda sofrendo o risco que um centro pediátrico feche por que não atende as reivindicações sanitárias exigidas.
Será realizada uma audiência pública para discutir a situação do CEMPE (Centro Pediátrico de Campo Grande). Nesta quinta-feira (17) o vereador Eduardo Cury (PTdoB) disse que “é importante falar sobre a legalização do centro. “O CEMPE não está respondendo aos critérios necessários de saneamento. O que é grave é que caso feche, para onde vai se escoar os pacientes? As pessoas se empolgaram no projeto e fizeram de forma errada”. A população volta a se perguntar? “Discutir? O que mais precisa ser discutido?” 
Com esse clima de ‘desalinhamento político’ entre os nossos representantes do executivo e do legislativo, fica o dilema: “Quem poderá nos defender? Assim fica difícil a população ver uma saída, ou ter uma esperança de ver uma luz no fim do túnel, ouvindo sempre o mesmo discurso do “mais do mesmo”. 

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