A moeda norte-americana subiu 0,57%, a R$ 3,9809 na venda.
Este foi o segundo maior valor de fechamento da história.
O dólar fechou em alta após se aproximar de R$ 4 nesta segunda-feira (21), reagindo a preocupações com o cenário fiscal no Brasil, aliadas aos temores de possibilidade de alta de juros nos Estados Unidos ainda neste ano.
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O Banco Central anunciou para esta sessão um leilão de venda de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra, depois de a moeda norte-americana fechar no segundo maior nível da história frente ao real na última sessão, cotação mais alta desde 10 de outubro de 2002, quando o dólar fechou a R$ 3,99.
A moeda norte-americana subiu 0,57%, a R$ 3,9809 na venda. Veja a cotação. Na máxima do dia, a moeda alcançou R$ 3,9964. Foi o segundo maior valor de fechamento da história do real. Em outubro de 2002, o dólar atingiu seus recordes intradia e de fechamento, de R$ 4 e R$ 3,99, respectivamente, segundo a Reuters.
Dólar em 2015
Veja a variação do valor de fechamento no ano.
Gráfico elaborado em 21/09/2015
No mês e no ano, há alta acumulada de 9,75% e 49,73%, respectivamente.
Veja a cotação do dólar comercial ao longo do dia:
Às 10h19, subia 0,48%, a R$ 3,9773.
Às 10h50, subia 0,63%, a R$ 3,983.
Às 11h18, subia 0,45%, a R$ 3,976.
Às 11h40, subia 0,56%, a R$ 3,9857.
Às 12h23, subia 0,81%, a R$ 3,9903.
Às 12h43, subia 0,96%, a R$ 3,9964.
Às 13h05, subia 0,86%, a R$ 3,9924.
Às 13h25, subia 0,75%, a R$ 3,9879.
Às 13h40, subia 0,64%, a R$ 3,9839.
Às 14h30, subia 0,78%, a R$ 3,9889
Às 15h07, subia 0,99%, a R$ 3,9975
Às 16h, subia 0,03%, a R$ 3,9592.
Às 10h19, subia 0,48%, a R$ 3,9773.
Às 10h50, subia 0,63%, a R$ 3,983.
Às 11h18, subia 0,45%, a R$ 3,976.
Às 11h40, subia 0,56%, a R$ 3,9857.
Às 12h23, subia 0,81%, a R$ 3,9903.
Às 12h43, subia 0,96%, a R$ 3,9964.
Às 13h05, subia 0,86%, a R$ 3,9924.
Às 13h25, subia 0,75%, a R$ 3,9879.
Às 13h40, subia 0,64%, a R$ 3,9839.
Às 14h30, subia 0,78%, a R$ 3,9889
Às 15h07, subia 0,99%, a R$ 3,9975
Às 16h, subia 0,03%, a R$ 3,9592.
Nas casas de câmbio, o dólar turismo chegava a custar quase R$ 4,50 na compra com o cartão pré-pago, inclusos os 6,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
À tarde, o dólar reduziu o avanço após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmar que o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do Judiciário não deveria ser derrubado, atenuando um pouco as preocupações fiscais que haviam levado a moeda norte-americana a encostar na máxima histórica de R$ 4, segundo a Reuters.
"Se o veto de fato sobreviver ao Congresso, vai ser uma boa notícia em um mar de más notícias", resumiu à agência o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.
Atuação do BC
O BC anunciou na noite de sexta-feira, após o dólar se aproximar de R$ 3,96, que faria nesta sessão leilão de venda de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra.
O BC anunciou na noite de sexta-feira, após o dólar se aproximar de R$ 3,96, que faria nesta sessão leilão de venda de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra.
Além do leilão de linha, o BC também dará continuidade ao seu programa de interferência diária no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
"A intervenção do BC ajuda, mas não faz milagre", disse à agência Reuters o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, que acredita que a moeda norte-americana deve atingir o recorde de R$ 4 no curtíssimo prazo.
Segundo a assessoria de imprensa do BC, a operação não é para rolagem de uma linha já existente. Trata-se da quarta intervenção desse tipo desde 31 de agosto.
Baixa confiança
Investidores adotavam posturas mais defensivas no início de uma semana que reserva votações no Congresso de medidas importantes para o ajuste fiscal. A perspectiva de possível perda do grau de investimento do Brasil por outras agências além da Standard and Poor's também dava força à apreensão.
Investidores adotavam posturas mais defensivas no início de uma semana que reserva votações no Congresso de medidas importantes para o ajuste fiscal. A perspectiva de possível perda do grau de investimento do Brasil por outras agências além da Standard and Poor's também dava força à apreensão.
"Não esperamos qualquer choque positivo à confiança ou reversão da situação de baixo crescimento e baixa confiança dos investidores", escreveu a estrategista para a América Latina do banco Jefferies, Siobhan Morden, em nota a clientes.
"As incertezas políticas e o temor de perder o grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco pressionam muito o câmbio, e não há perspectiva de melhora no curto prazo", disse à Reutres o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
"As incertezas políticas e o temor de perder o grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco pressionam muito o câmbio, e não há perspectiva de melhora no curto prazo", disse à Reutres o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
Na cena externa, declarações no fim de semana do presidente do Federal Reserve de San Francisco, John Williams, de que uma alta de juros ainda deve ser apropriada neste ano corroboravam a alta do dólar. Juros mais altos nos EUA podem atrair para aquele país recursos atualmente aplicados em mercados como o Brasil, estimulando assim a valorização do dólar frente a outras moedas.
Previsão dos economistas
As previsões do mercado financeiro para o nível de atividade da economia brasileira recuaram para este ano e para 2016, segundo relatório de mercado do Banco Central, que é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. O relatório Focus foi divulgado nesta segunda-feira (21).
As previsões do mercado financeiro para o nível de atividade da economia brasileira recuaram para este ano e para 2016, segundo relatório de mercado do Banco Central, que é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. O relatório Focus foi divulgado nesta segunda-feira (21).
Para o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, os analistas passaram a estimar, na semana passada, uma retração de 2,70%. Foi a décima queda seguida deste indicador. Até então, a expectativa do mercado era de um recuo de 2,55% para o PIB de 2015. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
De acordo com o boletim Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 avançou de R$ 3,70 para R$ 3,86 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio subiu de R$ 3,80 para R$ 4.
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