Prefeito suspendeu o serviço no último dia 10
Uma única equipe da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação) foi vista nesta quarta-feira (16) tapando os buracos das ruas de Campo Grande. O cenário foi instaurado após a suspensão temporário do serviço pelo prefeito Alcides Bernal (PP) no dia 10 de setembro, com objetivo de diminuir os gastos da Prefeitura.
As chuvas deste mês de setembro, que já superaram a previsão, deixaram a cidade com muitos buracos. E, ao contrário do verificado no mês de julho, quando 11 equipes estavam nas ruas fazendo o serviço, hoje apenas dois caminhões e um rolo de compactação asfáltica reparavam o asfalto na cidade. Campo Grande tem quase 3 mil quilômetros de vias pavimentadas.
O prefeito pediu a paralisação do serviço para economizar R$ 30 milhões dos caixas da Prefeitura. Segundo ele, a administração passada tinha deixado o caixa, praticamente, vazio, e, por isso, muitos serviços ditos “não essenciais” tiveram que ser cortados.
A assessoria de Comunicação da Prefeitura não especificou a quantidade de equipes que atendem a cidade. Segundo a assessora, a escola é menor e atende locais em situação precária ou de urgências. A Seinthra, também, não divulgou o cronograma dos próximos atendimentos.
Denúncias
Os serviços de tapa-buracos foram alvo de denúncias no começo do ano em Campo Grande. As denúncias, gravadas em vídeo, mostram uma equipe tapando buraco onde não existia, episódio que ficou conhecido como ‘buracos fantasmas’.
A documentação foi apresentada no fim de fevereiro por Valtemir de Brito, ex-secretário municipal de obras da Capital, à Câmara. Foram cerca de 20 mil páginas referentes a 34 contratos com 12 empreiteiras, em valores próximos a R$ 100 milhões. De acordo com parecer técnico da época feito pela equipe do vereador Paulo Pedra (PDT), o contrato firmado entre a Prefeitura e a Anfer Construções de Comércio tinha irregularidades. “Sendo estes passíveis, inclusive, de anulação”, conclui ele. Em março deste ano, vereadores de Campo Grande se reuniram e concluíram que falta fiscalização na operação tapa-buracos.
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