Vereadores querem aguardar novos depoimentos
Após reunião na manhã desta segunda-feira (21) a Comissão Permanente de Ética da Câmara Municipal decidiu esperar aguardar um pouco mais para iniciar análise dos documentos da Operação Coffee Break. Isso porque os vereadores ainda não sabem se o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) fará novos interrogatórios. O presidente, João Rocha (PSDB), havia dito que a apuração começaria ainda hoje.
“Estamos aguardando ter em mãos todos o processo, não dá para saber quem será ouvido. O Rocha disse que vamos esperar ter toda a documentação em mãos”, disse o integrante da pasta Chiquinho Telles (PSD). Ele acrescentou que as convocações para oitivas a serem prestadas à comissão serão feitas com base no que constar nos depoimentos colhidos na operação.
“Há muitas possibilidades”, respondeu em relação às consequências que podem ocorrer aos possíveis envolvidos em esquema de compra de votos para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março do ano passado. “Mas não dá para adiantar nada. É tudo muito novo para nós. Temos que aprender ainda. Sabemos que terá relatório fina, isso tem que ter”, ressaltou.
A ideia é de que mesmo sendo permanente, os trabalhos funcionem como de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que dura 90 dias, podendo estender o prazo por mais 30, realiza oitivas com testemunhas e envolvidos, além de produzir relatório para proferir o resultado da colheita de depoimentos. “Todo esse rito será uma resposta à população para mostrar que não tem essa de vereador defender vereador”, concluiu.
Pelo que se sabe, até o momento, são investigados na Coffee Break os vereadores Mario Cesar (PMDB), afastado do cargo em decorrência da operação, no fim de agosto; Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB) e Jamal Salem (PMDB); além do ex-vereador Alceu Bueno (ex-PSL, sem partido) – todos foram ouvidos, mediante condução coercitiva, pelo Gaeco, no dia 25 de agosto. O atual presidente da casa, Flávio César, Otávio Trad e Eduardo Romero, todos do PTdoB, tiveram os celulares apreendidos durante a operação, juntamente com os demais.
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