Quebradeira do município levará oito anos para ser superada, segundo o prefeito
A Prefeitura de Campo Grande tenta pegar empréstimo para quitar dívidas emergências, incluindo o 13º salário dos servidores. O problema é que o município está com o ‘nome sujo’ e vive cenário financeiro sem solução a curto prazo, conforme analisa o prefeito, Alcides Bernal (PP).
Ele revelou, nesta sexta-feira (25), já ter procurado a CEF (Caixa Econômica Federal) e pretende falar também com o Banco do Brasil. “Sem isso (empréstimo), não dá para pagar 13º, fornecedores. Não tem dinheiro. A Prefeitura está quebrada”, diz Bernal.
O prefeito não fala em quanto pede de empréstimo – somente a folha de pagamentos custa em torno de R$ 90 milhões mensais. Reforça críticas ao vice, Gilmar Olarte (PP), que ficou na chefia do Executivo entre março de 2014 e agosto deste ano, pela situação: na visão dele, a Prefeitura foi “vítima de um assalto”.
Bernal explica que Campo Grande foi inscrita no Cadin (o cadastro informativo de não quitados do setor público federal) “por atraso de questões de ordem previdenciária”. A Prefeitura estuda medida judicial para limpar o nome e facilitar o acesso a dinheiro dos bancos.
“Embora com a restrição no Cadin, temos credibilidade, a Prefeitura tem capacidade de endividamento”, defende o prefeito. Ele tem nova viagem marcada a Brasília (DF), onde já esteve esta semana, quando pretende falar novamente com diretores da Caixa, além de procurar o BB, na tentativa de conseguir o empréstimo.
Na avaliação de Bernal, levará não menos que oito para a Prefeitura de Campo Grande contornar os problemas financeiros atuais. Além do pedido de empréstimo, ele reafirma medidas visando cortes de gastos e fala em planejamento nas pastas executivas para arrumar o que, ainda segundo a opinião dele, a “bagunça generalizada” na administração municipal.
Neste fim de semana, Bernal completa um mês de retorno à Prefeitura. Assim que assumiu, ele suspendeu pagamentos e contratos por 90 dias, além de manter o pagamento escalonado dos salários dos servidores.
“A Prefeitura quebrou. Se fosse uma loja, estaria com portas fechadas e os funcionários sem receber salário. Como é administração pública, contamos com os contribuintes. O problema não está na receita, as despesas é que representaram um assalto. Não se resolve isso em um mês, um ano. São no mínimo oito
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