O prefeito apresentou números comparativos, execução e previsão orçamentárias e relação de despesas e receitas.
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), apresentou na manhã de hoje (14), um primeiro balanço financeiro da Prefeitura da Capital. O relatório foi apresentado no auditório do gabinete da esplanada, onde foram expostos números de sua primeira gestão, até a cassação; o período em que Gilmar Olarte (PP) esteve no comando; e o atual momento de seu retorno à gestão municipal.
Juntamente com o prefeito, o secretário Municipal de Planejamento, Finanças e Controle (Seplanfic), Disney de Souza Fernandes, apresentou números comparativos, execução e previsão orçamentárias, relação de despesas e receitas, disponibilidade de caixa, folha de pagamentos, entre outros balanços para justificar a crise financeira que Campo Grande se encontra com o ‘troca-troca’ de prefeitos nos últimos anos.
‘Rombo’
Um dos itens aponta que até o mês de setembro as dívidas ultrapassam 158 milhões, com despesas de R$ 90 milhões de folha salarial, R$ 5,4 milhões, precatórios de R$ 2 milhões, R$ 5,4 milhões para a Câmara, repasses indiretos na faixa de R$ 7,5 milhões, previdência em R$ 13 milhões de reais e outros itens, somando mais de R$ 284 milhões a serem faturados.
‘Herança maldita e criminosa’
Após a exposição dos números, o prefeito Bernal acredita numa missão “quase impossível” para reajustar os cofres públicos do município. “Essa será uma missão difícil, quase impossível, nós sabemos que não há como fugir, mas confiamos na superação para resolver isso, daremos sequências aos serviços essenciais com transparência que é a palavra de ordem. Vou cortar cargos, principalmente os que ganham altos salários e que não fazem nada, agora o pagamento dos que trabalham está garantido. Vamos cortar despesas, melhorar receita e agir com transparência, se houver necessidade de escalonar salários faremos isso para evitar o pior. Por causa dessa herança maldita e criminosa teremos que fazer pagamentos de forma linear”, diz o prefeito.
Possibilidade de reajuste de impostos
O secretário Municipal de Planejamento, Finanças e Controle (Seplanfic), Disney de Souza Fernandes destacou que é preciso responsabilidade, antes de pensar no aumento de impostos na tentativa de recuperar os valores perdidos. “Mesmo com essa crise, ainda não se fala em reajuste de impostos. Não se fala em aumento de carga tributária, a população já paga uma taxa em torno de 36%, o povo não aguenta pagar mais nada. Temos que trabalhar nesses seis meses para fazer um milagre e sem uma receita extra as coisas ficarão complicadas. A receita extra mais próxima que temos é o IPTU de janeiro e fevereiro, vamos tentar outras receitas que possam aliviar o tamanho da crise que está instalada”, afirmou o secretário.
O secretário Municipal de Planejamento, Finanças e Controle (Seplanfic), Disney de Souza Fernandes destacou que é preciso responsabilidade, antes de pensar no aumento de impostos na tentativa de recuperar os valores perdidos. “Mesmo com essa crise, ainda não se fala em reajuste de impostos. Não se fala em aumento de carga tributária, a população já paga uma taxa em torno de 36%, o povo não aguenta pagar mais nada. Temos que trabalhar nesses seis meses para fazer um milagre e sem uma receita extra as coisas ficarão complicadas. A receita extra mais próxima que temos é o IPTU de janeiro e fevereiro, vamos tentar outras receitas que possam aliviar o tamanho da crise que está instalada”, afirmou o secretário.
Bernal também afirmou que ainda ‘não passa pela cabeça’ aumentar impostos. “Isso não é discutido, temos que melhorar a receita e não permitir que haja sonegação, dar oportunidades para quem quer gerar emprego e renda de forma justa para fazer com que a arrecadação melhore”, diz o prefeito.
Salário dos servidores
Com o demonstrativo de receitas e déficits, uma das preocupações, é com os salários e 13º dos servidores do município. “Já deveria ter em caixa R$ 60 milhões para não comprometer o pagamento do 13º. Hoje temos 104 mil reais. O cenário é de extrema dificuldade para pagar o 13º. Nós estamos fazendo o máximo, vamos priorizar as despesas e dentro dessas despesas está o pagamento dos servidores, vamos eliminar desperdícios e tentar superar as dificuldades”, destaca o secretário.
A medida foi tomada pela prefeitura, na tentativa de expor à população uma justificativa para cortes de funcionários, pagamentos da folha salarial e fornecedores feitas desde seu retorno à gestão no último dia 27 de agosto de 2015, após ser cassado em março de 2014
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