Refugiados seguem em trens e a pé para Copenhague.
Em 2014 Suécia recebeu maior número de refugiados per capita na Europa.
A pior crise migratória da Europa desde a Segunda Guerra Mundial chegou nesta segunda-feira (7) à Dinamarca, onde entre 800 e 1.000 imigrantes e refugiados entraram no país a partir da Alemanha e tentaram seguir para a Suécia, ao mesmo tempo em que os políticos dinamarqueses colocavam as políticas de imigração em debate.
Recentemente, milhares de pessoas procedentes do norte da África têm arriscado suas vidas para chegar à costa da Itália e às ilhas da Grécia, de onde atravessam para a Macedônia, Sérvia e Hungria, tentando chegar a países ricos da União Europeia, como Áustria e Alemanha. Estes dois países abriram suas fronteiras no último sábado, depois de os imigrantes terem ficado vários dias bloqueados na Hungria. Agora, eles chegam ao norte da Europa, na região da Escandinávia.
O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, disse a jornalistas, após uma reunião de emergência com líderes partidários, que a maioria dos imigrantes que entraram no país desde sábado não buscariam asilo na Dinamarca, mas sim na Suécia.
Canais de TV dinamarqueses mostraram imagens de refugiados embarcando em trens de Jutland, na parte oeste da Dinamarca próxima à Alemanha, para Copenhague, de onde podem chegar à Suécia em 35 minutos de trem.
Canais de TV dinamarqueses mostraram imagens de refugiados embarcando em trens de Jutland, na parte oeste da Dinamarca próxima à Alemanha, para Copenhague, de onde podem chegar à Suécia em 35 minutos de trem.
Outras imagens mostraram várias dezenas de refugiados caminhando ao longo de uma estrada movimentada até Copenhague. Eles disseram que querem se juntar às suas famílias na Suécia ou que esperam poder receber seus familiares lá mais rápido do que na Dinamarca.
Apoio
O premiê afirmou que os refugiados devem buscar abrigo para passar a noite e esperar até que a polícia dinamarquesa coordene com as autoridades suecas a transferência para o país vizinho.
O premiê afirmou que os refugiados devem buscar abrigo para passar a noite e esperar até que a polícia dinamarquesa coordene com as autoridades suecas a transferência para o país vizinho.
“Nós esperamos conseguir alcançar uma situação em que as pessoas que querem buscar asilo na Suécia possam fazer isso”, disse ele a jornalistas.
“Como autoridade dinamarquesa, não podemos dar apoio para que as pessoas cheguem à Suécia se isso não ocorrer com grau de aceitação das autoridades suecas”, disse ele.
Rasmussen, líder de um novo governo de minoria que depende do apoio de um partido de direita, disse que o controle de fronteiras não seria uma solução e criticou os países da União Europeia por não obedecerem as regras sobre pessoas em busca de asilo.
No ano passado, a Suécia de longe recebeu o maior número de refugiados per capita na Europa. Em termos absolutos, teve cerca de 80 mil pedidos de asilo no ano passado, ficando atrás apenas da Alemanha.
Veja os últimos acontecimenos da crise migratória:
- A Alemanha anunciou nesta segunda-feira (7) que vai destinar 6 bilhões de euros para administrar o grande fluxo de migrantes, e sua chanceler, Angela Merkel, afirmou que o fluxo em massa de imigrantes mudará o país, prometendo trabalhar para que estas modificações sejam "positivas".
- Mais de 4 mil imigrantes chegaram nesta segunda na estação de trem de Munique, vindos da Hungria e da Áustria. Do total, cerca de 1.500 foram para outras cidades da Alemanha. No domingo, eles foram recebidos com faixas de boas-vindas ao chegar à estação ferroviária de Dortmund.
Veja os últimos acontecimenos da crise migratória:
- A Alemanha anunciou nesta segunda-feira (7) que vai destinar 6 bilhões de euros para administrar o grande fluxo de migrantes, e sua chanceler, Angela Merkel, afirmou que o fluxo em massa de imigrantes mudará o país, prometendo trabalhar para que estas modificações sejam "positivas".
- Mais de 4 mil imigrantes chegaram nesta segunda na estação de trem de Munique, vindos da Hungria e da Áustria. Do total, cerca de 1.500 foram para outras cidades da Alemanha. No domingo, eles foram recebidos com faixas de boas-vindas ao chegar à estação ferroviária de Dortmund.
- Após protestos da população para a abertura das fronteiras aos imigrantes, a França disse que está preparada para receber cerca de 24 mil refugiados nos dois próximos anos, dos 120 mil que prevê a Comissão Europeia para o conjunto da UE.
- Cerca de mil refugiados cruzaram a fronteira entre Áustria e Hungria a pé na madugada deste domingo (6), segundo a Polícia austríaca.
- O ministro da Defesa da Hungria, Csaba Hende, renunciou nesta segunda (7) depois de uma reunião do conselho nacional de segurança realizada para discutir o enorme fluxo de refugiados e imigrantes que chegam ao país. Cargo foi dado a político de partido que quer mais rigidez contra refugiados.
- Cerca de mil refugiados cruzaram a fronteira entre Áustria e Hungria a pé na madugada deste domingo (6), segundo a Polícia austríaca.
- O ministro da Defesa da Hungria, Csaba Hende, renunciou nesta segunda (7) depois de uma reunião do conselho nacional de segurança realizada para discutir o enorme fluxo de refugiados e imigrantes que chegam ao país. Cargo foi dado a político de partido que quer mais rigidez contra refugiados.
- A polícia turca prendeu mais um homem apontado como traficante de pessoasenvolvido no naufrágio que provocou a morte de 12 refugiados sírios, incluindo o pequeno Aylan Kurdi, que foi encontrado morto em praia do país. A foto de um policial carregando seu corpo comoveu o mundo.
- O minstro grego para a Política Migratória, Iannis Mouzalas, disse que a ilha grega de Lesbos está "a ponto de explodir" com a presença de "entre 15.000 e 17.000 refugiados", o equivalente a 20% de sua população total.
- O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou nesta segunda que o Reino Unido poderá receber até 20 mil refugiados sírios nos próximos cinco anos em uma resposta após o crescimento do clamor público para que o governo auxilie as vítimas da guerra civil.
- Austrália e Nova Zelândia também se ofereceram para receber mais refugiados sírios, enquanto os Estados Unidos passaram a sofrer mais pressão para acolher imigrantes.
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