Eles seguiram, portanto, a posição dos autores da petição acatada por Cunha
Após reunião na Câmara, lideranças da oposição decidiram nesta segunda-feira (7) que vão aguardar a homologação da delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, para pedir o aditamento ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, acatado pelo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no início de dezembro.
Eles seguiram, portanto, a posição dos autores da petição acatada por Cunha — os juristas Hélio Bicudo, Janaína Paschoal, Miguel Reale Júnior e Flávio Costa — que têm a prerrogativa para pedir o aditamento e preferem aguardar a formalização do acordo.
Segundo o líder do PSDB na Casa, deputado Antonio Imbassahy (BA), o aditamento não prejudica o andamento do processo de impeachment na Casa e poderá ocorrer mesmo depois de formada a Comissão de Impeachment:
— Não haverá nenhum prejuízo para o processo. Devemos encaminhar esse aditamento para a comissão processante quando ela estiver já instalada - disse.
Além de reforçar que vai tentar obstruir as votações na Câmara e no Senado esta semana — posição apoiada por PSDB, DEM, PPS, PV e PSB, além de parte do PMDB, PSC e PSD —, a oposição também avalia entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma representação contra Dilma por crime de responsabilidade, com base em trechos da delação de Delcídio que envolvem a petista. O recurso poderá acontecer ainda esta semana, disseram os parlamentares.
Deputados também conseguiram antecipar para amanhã à tarde a audiência com o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, na qual pedirão celeridade no julgamento dos embargos apresentados por Cunha para esclarecer o rito do impeachment. Eles querem formar a comissão do impeachment na Casa o quanto antes, mas vão esperar o posicionamento da Corte sobre os embargos da Câmara. O encontro estava marcado para quarta-feira, mas foi reagendado para amanhã.
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