Os ministros do partido deverão deixar os cargos até abril
Por aclamação, o Diretório Nacional do PMDB decidiu hoje (29) deixar a base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff. A decisão foi anunciada pelo senador Romero Jucá (RR), vice-presidente da legenda, que substituiu o presidente nacional do partido, Michel Temer, vice-presidente da República.
O PMDB também decidiu que os ministros do partido deverão deixar os cargos. Participaram da reunião mais de 100 membros do Diretório Nacional do PMDB.
Primeiro vice-presidente da legenda, Jucá mandou um recado para os integrantes da legenda que quiserem continuar no governo e deixou no ar a possibilidade de ocorrer uma penalidade. "Cada um responde pelos seus atos", disse, na chegada ao gabinete da presidência do partido.
Para o senador, não haverá um "desembarque" do governo, porque há pessoas no PMDB que nunca estiveram "embarcadas", como ele próprio ex-líder do governo Lula e Dilma, ele votou em 2014 no tucano Aécio Neves. "Esse termo (desembarque) não funciona para mim, é um posicionamento político (da legenda)", destacou.
Jucá informou que o presidente do PMDB e vice-presidente Michel Temer não participará do encontro, marcado para as 15 horas, por ser parte da discussão. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também não deve comparecer, segundo ele. "A partir de agora ele (Renan) toma uma posição institucional que vai julgar esse processo e, portanto, a questão partidária, ele não quer participar disso", afirmou.
O senador não disse se haverá, na decisão do PMDB, um prazo para que os peemedebistas deixem os cargos no Executivo. A expectativa é que seja até o dia 12 de abril.
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