A paralisação deve ser de apenas 12h, mas a categoria indica que o ato é um alerta ao governo do estado
Reivindicando melhoria salarial, além de modificações na carreira e na estrutura de trabalho, o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul) deve paralisar por 12h no próximo dia 1º de abril.
Giancarlo Miranda, presidente do Sinpol, explicou que o ato deve alertar o governo e a sociedade para as reivindicações da classe, já que a polícia funcionará apenas com um efetivo de 30%, atentando-se apenas a casos especiais. As investigações devem paralisar durante o período. “A polícia civil vai ficar parada, não vai ter investigação, vai ser um dia de alerta pra mostrar a nossa indignação”, contou.
O presidente declarou que o diálogo com o governo do estado já foi iniciado. “Estamos esperando uma contraproposta do governo do estado. Não temos uma perspectiva de como será, o que se fala que a questão da crise, crise estadual e crise nacional, mas temos informações com dados específicos de que o governo pode fornecer o que pedirmos”.
Os policiais civis esperam um ganho salarial de 20,20%, o que deve totalizar pouco mais de R$ 4 mil. Esse valor, conforme explicou Giancarlo, corresponde a um salário para nível superior. Além do ganho salarial, a categoria reivindica melhorias na estrutura, mudanças na promoção de carreira, e a diminuição do número de presos que ficam nas delegacias.
“A pauta dos presos é uma luta, o ano passado tivemos um policial que até mesmo faleceu, um preso agrediu, outro foi ferido quase mortalmente. O governo junto com a Agepen [Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário] prometeu resolver até 2018. Mas nós temos que acompanhar desde agora”, explicou Giancarlo.
Greve
O presidente relatou que as mobilizações do ano passado não foram atendidas pelo governo, e que agora a luta deve se intensificar. "Fizemos uma assembleia, houve toda uma mobilização, foi até mesmo deliberado, acreditando que em 2016 ele [governador] iria nos valorizar. Só que alguns compromissos não foram cumpridos, e agora vamos demonstrar nossa indignação”.
Ele ainda afirmou que, se as reivindicações não forem atendidas pelo governo, há possibilidade de greve geral. “É possível se não avançarem as negociações, a decisão da assembleia foi unânime: em caso necessário até uma eventual greve, porque ano passado já não tivemos direitos atendidos. Hoje em dia os policiais trabalham com pouca estrutura e pouco efetivo”, complementou.
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