sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Bernal diz que processante contra Olarte é zombaria e enganação


Comissão foi aprovada na quinta por unanimidade
  • Plenário da Câmara no momento da votação (Midiamax/Cleber Gellio)
  • “Isso é óbvio, foi uma maneira de os vereadores enganarem a população, o próprio Judiciário e tentar enganar o MPE (Ministério Público Estadual). Essa (comissão) processante é a prova mais clara que se tem de que realmente é como aquilo que Olarte falou nas gravações do Gaeco, ele é blindado”. Esta é a resposta do ex-prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP), quando questionado se estava satisfeito com a abertura de Comissão Processante contra o sucessor, Gilmar Olarte (PP). 

    Para Bernal, a decisão tomada na quinta-feira (13) pela Câmara Municipal não passa de encenação, uma vez que os integrantes da comissão, João Rocha (PSDB), Paulo Siufi (PMDB) e Chiquinho Telles (PSD) são da base aliada de Olarte.
    “Você viu como o Edil (Albuquerque, PMDB, líder do prefeito na Câmara) comemorou quando o Chiquinho foi sorteado? Quase beijou a boca dele. E quando Rocha e Siufi foram sorteados foi a mesma coisa, ele correu e deu um longo abraço nos dois. Até esqueceu que tem problema nas pernas”, disse Bernal.
    O ex-prefeito conta que, na quarta-feira (12), o prefeito se reuniu na casa de João Rocha com os legisladores aliados para que tudo fosse conversado. “A verdade é que os vereadores estão zombando da Justiça, todos sabem, e a sociedade fica impotente os vendo serem blindados por coisas ilegais e usando o poder para se manterem no comando do Executivo e do Legislativo”.
    Em relação à eleição do ano que vem, o radialista não deixou claro se tentará novamente ser eleito à Prefeitura da Capital, mas alega que os eleitores não vão mais acreditar no resultado do pleito, pois desrespeitam a vontade do povo. Novamente ele fez referência a 2012, quando venceu a corrida pelo comando da cidade, mas pouco depois de um ano foi cassado pela Câmara.
    Assim como Olarte, Bernal foi objeto de processante, inclusive presidida por Edil, fato que culminou na cassação de seu mandato em março de 2014, por improbidade administrativa. Um ano e meio depois, o ex-gestor diz acredita na Justiça para retomar o Paço. “Tenho muito respeito e esperança no Poder Judiciário.

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário