quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Empreiteiro maldito: PF flagra erosão e lama em trecho que deveria ter manutenção


Fabiano Portilho
 
No diário oficial de 07 de julho de 2014, o Governo de Puccinelli, por meio da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul), liberou R$ 17,5 milhões para obras de recuperação de rodovias estaduais, com aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivos de drenagens, em três rodovias estaduais.
Os extratos dos convênios que autorizam as obras de melhoramento das estruturas da MS-338 e MS-357, em Ribas do Rio Pardo, e MS-157, em Aquidauana, foram publicados na edição de ontem (6) do Diário Oficial do Estado. Todos foram firmados com a empresa Proteco Construções Ltda.
Após grampo telefônico, equipes da Polícia Federal foram até a MS-357 em Ribas do Rio Pardo, que segundo os empreiteiros, já estava concluída, e flagraram lama e erosão nas faixas da pista que deveriam ter passado por manutenção.
Entenda o caso
Segundo investigações, a Polícia Federal detectou um sistema de fraude em licitações dentro da Agesul, no qual o diretor-presidente Edson Giroto alvo da lama asfáltica realizava os pagamentos às empreiteiras que não tinham conquistado a licitação.
A primeira subcontratada pela Proteco para fazer a manutenção na MS-357 entrega todo esquema em grampo telefônico. Nivaldo Rodrigues Araújo, sócio administrador da Opção Engenharia cobra duro Elza Cristina Araújo dos Santos, braço-direito de João Amorim por telefone. Araújo afirma já ter terminado a obra de cascalhamento há 60 dias e diz que quer receber pelo serviço de qualquer forma.
Logo em seguida, Elza liga para Amorim, que pede para ela se informar com o Paulo Garcia Regionaldo da Proteco. Paulo explica para Elza que os empresários devem buscar o pagamento na Agesul e João Amorim confirma a informação. Nivaldo Araújo é amigo de Edson Giroto desde os tempos da Nosde Engenharia (Vale Velho) do engenheiro Edson Freitas da Silva.
As ligações comprovam que Amorim recebia sem realizar nada do serviço e que as empresas levavam apenas uma parte do dinheiro. A manobra revela que os valores pagos pelo governo para realizar os serviços eram bem mais altos do que o realmente executado, que ficava com as subempreiteiras. Os sócios das subempreiteiras foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposto envolvimento no esquema de cartel de João Amorim.
Empresas que foram denunciadas no esquema de Cartel:
Alvorada, Astec, Avance, Ciacon, Conserg, Costrutura Rial, CPR, EGA, Enerpav, Equipe, GMB, Imporcate, LD, Luca, Opção, Policon, Proteco, Provias, RMW, Santafé, Terrasat


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