O presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Geraldo Gonçalves informou hoje (8) que os professores não estão dispostos a por fim a greve, que conforme o professor já completa 72 dias na Capital.
Segundo o representante da ACP a proposta apresentada ontem (7) pela prefeitura, durante reunião com secretários de governo do Município, não corresponde à realidade da categoria. Como forma de solucionar o impasse, o Município sugeriu que a ACP faça uma petição incluindo duas propostas, a da prefeitura e a dos professores, e encaminhe à Justiça para ser analisada. Pelo acordo sugerido, os professores aguardariam a decisão judicial em sala de aula, suspendendo assim a paralisação. “A categoria não quer por fim a greve. Nós entendemos que não é problema financeiro como estão dizendo. Isso não convence o sindicato”, disse Geraldo.
A atitude da prefeitura é em função do acordo proposto aos professores para que a ACP aceitasse a proposta de 8% no cartão alimentação em agosto, setembro e outubro, com um possível acréscimo de 5% parcelado para mais três meses. A prefeitura alega não poder conceder o reajuste de 13,01% exigido pelos professores, conforme a lei 5.411/2014. Em outras conversas com o Executivo, a categoria já havia dito que aceita que os 13,01% seja parcelado em até dez meses. “Isso não tem coerência”, reafirmou o presidente da ACP sobre o indicativo do Município.
Segundo Geraldo Gonçalves, os professores devem optar pela manutenção da greve até que a situação se defina. Na segunda-feira (10) já está agendada para as 14 h, na sede da ACP mais uma assembleia geral para a categoria analisar a proposta da prefeitura de fazer ou não a petição solicitada pelo Executivo. Geraldo informou que a classe estará fazendo panfletagem em frente à prefeitura no período da manhã.
Falta de repasse
De acordo com a assessoria da Prefeitura Municipal de Campo Grande desde dezembro de 2014 não foram depositados repassados os R$ 100 milhões referentes ao repasse do ICMS. Conforme informações, o Executivo teve de se adequar aos índices que a Lei de Responsabilidade Fiscal exige com cortes e medidas drásticas.
Segundo a assessoria, a folha de pagamento passou de R$ 108 milhões (março) para R$ 90 milhões (junho). Em abril cerca de 53,9% das receitas da Prefeitura eram gastas em salários. Hoje, segundo o secretário de Administração Wilson do Prado o índice tem de chegar a 51,3%.
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